BC do Japão cortará ligeiramente projeção de inflação para próximo ano fiscal, dizem fontes

Publicado em 23/10/2015 07:49

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão vai cortar sua perspectiva de crescimento e inflação para este ano fiscal na próxima semana, mas mudará apenas ligeiramene as projeções para o próximo ano, disseram fontes, possivelmente moderando as expectativas de que o banco central vai em breve afrouxar mais a política monetária.

Ao não se afastar muito das projeções atuais para o próximo ano, o banco central pode reassegurar que ainda está amplamente a caminho de atingir a meta de inflação de 2 por cento no próximo ano sem precisar ampliar seu programa de compras de ativos, disseram à Reuters fontes com conhecimento direto do assunto.

Críticos dizem que o programa tem sido apenas marginalmente efetivo e distorce o mercado de bônus, e que o próprio conselho do banco central não o aprova sem reservas.

No momento em que o Japão flerta com recessão, prejudicado por exportações fracas, o banco central está se preparando para reduzir a projeção de núcleo da inflação ao consumnidor para o ano fiscal que começou em abril para abaixo de 0,5 por cento no dia 30 de outubro, disseram as fontes. O banco projetou inflação de 0,7 por cento há três meses.

Mas o banco, que está tentando acabar com décadas de pressão deflacionária, só cortará em 0,1 a 0,2 ponto sua projeção de que os preços subirão 1,9 por cento no próximo ano fiscal, matendo-a perto da meta, disseram as fontes.

"Obstáculos externos estão principalmente por trás da desaceleração econômica", disse uma fonte. "Isso significa que a pressão de baixa sobre a inflação será mais moderada do que no ano passado", disse ele, sobre quando as empresas estavam relutantes em elevar os preços uma vez que os gastos das famílias eram contidos por uma ala do imposto sobre vendas.

As fontes disseram que as projeções não haviam sido finalizadas e que mudanças podem ser feitas antes do anúncio. As projeções são feitas pelos nove membros do conselho do banco central.

Fonte: Reuters

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