Candidato governista promete mudar imposto sobre salários na Argentina

Publicado em 22/10/2015 17:22

BUENOS AIRES (Reuters) - O candidato governista a presidente da Argentina, Daniel Scioli, que lidera as pesquisas para as eleições de domingo, disse nesta quinta-feira que, se eleito, aliviará um polêmico imposto sobre os salários, o que permitiria que mais de meio milhão de pessoas da classe média deixassem de pagá-lo.

Os outros principais candidatos a presidente do país já haviam prometido baixar bem o imposto sobre a renda, que recai sobre os salários médios e altos e cujo piso está desatualizado após anos de elevada inflação.

"Vamos tomar uma medida em relação ao Imposto de Renda. Um trabalhador ou aposentado que ganhe menos de 30.000 pesos líquido não vai pagar esse imposto", disse Scioli em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Mais cedo, ele disse a uma rádio local que aumentaria o piso do imposto para 25.000 pesos, dos atuais 15.000 pesos.

A pressão do imposto gera grande mal-estar diante da queda do poder aquisitivo causada pelo inflação, que segundo estimativas privadas está em torno de 25 por cento ao ano.

"Essa proposta beneficia a 577.400 trabalhadores e aposentados que deixam definitivamente de pagar o imposto", disse no comunicado o governador da província de Buenos Aires, que tentará se consagrar no domingo sucessor da presidente Cristina Kirchner.

As pesquisas mostram que Scioli tem grande vantagem sobre o principal rival, o liberal Mauricio Macri, mas divergem sobre se ele chegará aos 40 por cento dos votos necessários para evitar um segundo turno, que poderia ser difícil.

(Reportagem de Maximiliano Rizzi)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Nasdaq terminam em baixa em negócios voláteis e incerteza sobre megacaps
Após se aproximar de R$5,70, dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
Juros futuros têm alta firme após IPCA-15 pior que o esperado
Candidato da oposição confia nos militares para garantir respeito aos resultados na Venezuela
Insegurança alimentar no Brasil cai 85% em 2023, segundo relatório da ONU