Boletim Focus: Mercado financeiro prevê retração de 3% para o PIB deste ano
Os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma retração de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, segundo o pequisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 bancos na semana passada, e divulgada nesta segunda-feira (19). O levantamento dá origem ao relatório de mercado, também conhecido como focus.
Até então, a expectativa era de uma contração um pouco menor neste ano: de 2,97%. Se confirmado o PIB de -3% em 2015, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras baixaram de 1,2% para 1,22% a expectativa de contração na economia do país. No início de 2015, a previsão dos economistas era de uma expansão de 1,8% para a economia brasileira no ano que vem.
Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Na semana passada, a "prévia" do PIB do BC indicou uma contração de 2,99% até agosto.
No fim de agosto, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração 1,9% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país entrou na chamada "recessão técnica", que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).
Mais inflação
Ao mesmo tempo, os ecoomistas do mercado financeiro também passaram a estimar mais iinflação para este ano e, também, para 216.
Para 2015, a expectativa dos economistas é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, feche o ano em 9,75% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,70%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%.
Essa foi a quinta alta seguida no indicador. O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano.
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