EUA e mais 11 países fecham o maior acordo regional da história; Brasil fica de fora
Ministros dos Estados Unidos, do Japão e de dez países da região do Pacífico fecharam nesta segunda-feira um histórico acordo para reduzir barreiras comerciais e tarifárias e estabelecer regras comuns para um bloco de nações que representa 40% da economia global. Os detalhes do pacto devem ser anunciados oficialmente nesta segunda-feira.
Além dos EUA e do Japão, os países integrantes da chamada Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã. Segundo o jornal New York Times, o acordo, que ainda precisa ser votado pelo Congresso americano, prevê eliminar milhares de tarifas de importação, instituir padrões sobre propriedade intelectual das corporações, reprimir o tráfico de animais selvagens e abusos ambientais.
O acordo é considerado uma vitória para o presidente americano Barack Obama, que conta com o pacto para impulsionar o crescimento econômico, aproximando-se de países do Pacífico num momento em que a China – que não faz parte do bloco – enfrenta dificuldades financeiras e adota uma postura econômica e militar mais agressiva na região.
Obama, no entanto, deve enfrentar sérios desafios nos próximos meses para garantir a aprovação da TPP no Congresso, que está dividido. Poucos democratas apoiam a política comercial de Obama e o endosso dos republicanos será imprevisível a pouco de um ano das eleições presidenciais. A votação sobre o acordo não ocorrerá antes do começo do próximo ano.
Em comunicado divulgado nesta segunda, o presidente americano afirmou que “esta parceria nivela o campo de jogo para nossos agricultores, pecuaristas e fabricantes, eliminando mais de 18.000 impostos que vários países impõem a nossos produtos”.
Após dezenas de rodadas de negociações e de cinco dias de esforços de barganha em Atlanta, ministros do Comércio e outras autoridades disseram que resolveram conflitos sobre a proteção da propriedade intelectual de medicamentos biológicos, regras para a produção automotiva e produtos lácteos.
A TPP, se aprovada no Congresso norte-americano, marcará a efetiva expansão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), lançado há duas décadas, ao incluir Japão, Austrália, Chile, Peru e vários países do Sudeste Asiático. O pacto vem sendo negociado desde 2008.
Parceria Transpacífico(a): o mundo avança, e o Brasil vai se afundando com o PT amarrado ao pescoço
O que resta aos esquerdopatas brasileiros e aos estúpidos do PT, do Palácio do Planalto e do Itamaraty? Torcer para que os republicanos, motivados por questões principalmente eleitorais – e também por um lobezinho aqui e outro ali – se oponham à aprovação da chamada Parcecia Transpacífico. Nota: a imprensa vem chamando a coisa no masculino, mas destaco que a gramática exigiria, em português, “parceria transpacífica”… É evidente que a palavra se transformou num adjetivo. Adiante.
Enquanto o mundo se organiza em blocos e parcerias comerciais, o Brasil continua atrelado ao ridículo Mercosul. O último esforço de Dilma, a preclara, é para atrair a Bolívia. Em recente reunião, Evo Morales ofereceu suas Forças Armadas a Dilma para enfrentar o golpe das oposições… Temo a Marinha boliviana!!!
Vejam ali. O Peru e o México, que já compõem a Aliança do Pacífico (com Chile e Colômbia), integram essa parceria. Não sei por que os outros dois (Colômbia e Chile) não estão na lista. A América Latina, exceção feita a Venezuela e Argentina, nossos dois “parceiros”, cresce mais do que o Brasil.
O que está me curso é fruto de um braço de ferro estúpido no qual o Brasil foi derrotado. Os governos petistas e o Itamaraty apostaram todas as suas fichas na chamada Rodada Doha, que seria um grande acordo internacional que reordenaria as disputas comerciais internacionais, com medidas, vamos dizer, compensatórias para os países em desenvolvimento. Deu tudo errado. Em 2008, ficou evidente que a grande negociação internacional não aconteceria. Banânia, no entanto, insistiu. Ainda em 2013, lá estávamos nós tentando salvar Doha dos escombros.
Resultado: o Brasil hoje tem o Mercosul como uma corda no pescoço. Já escrevi isto aqui e repito: desde 1991, quando se tornou membro do Mercosul, o Brasil fechou, ATENÇÃO!, três acordos bilaterais: com Israel, Egito e… Palestina! Só o primeiro está em vigência. Parece piada, mas é assim mesmo. Até 10 de janeiro de 2013, a OMC tinha registrados nada menos de 543 acordos bilaterais. Estavam em vigência 354 deles — a metade havia sido firmada a partir de 2003.
O atraso a que nos condena o PT é bem maior do que conseguimos perceber à primeira vista. O mundo avança, e o PT vai se afundando, com o PT amarrado ao pescoço.
Por Reinaldo Azevedo