Fraqueza em emprego nos EUA gera volatilidade e dólar volta a cair ante real

Publicado em 02/10/2015 09:10

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar anulou a alta e passou a recuar ante o real nesta sexta-feira, outro dia marcado por volatilidade, acompanhando os movimentos em outros mercados emergentes após dados fracos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, com investidores ora priorizando a perspectiva de manutenção dos juros norte-americanos, ora preocupando-se com a desaceleração da maior economia do mundo.

Às 12:22, o dólar recuava 0,52 por cento, a 3,9814 reais na venda. Na máxima do dia, chegou a 4,0461 reais e, na mínima, foi a 3,9619 reais.

"Se o dólar sobe ou desce, depende da interpretação que predomina", disse o tesoureiro de um banco internacional.

O setor privado norte-americano, excluindo o setor agrícola, criou 142 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto os dados para agosto foram revisados para mostrar ganho de apenas 136 mil vagas. Foi o menor avanço em dois meses em mais de um ano, alimentando temores de que a desaceleração do crescimento econômico global, influenciada pela China, esteja enfraquecendo os EUA.

A perspectiva de que a fraqueza econômica nos EUA possa levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a aumentar os juros somente em 2016 fazia o dólar recuar contra uma cesta de divisas formada por moedas de países desenvolvidos, mais resistentes à desaceleração da economia dos EUA.

Por outro lado, o dólar alternava entre leves altas e baixas contra moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano. Eventual aumento de juros pelos EUA deve atrair recursos aplicados em outros mercados, como os emergentes.

"O problema é a economia (dos EUA). Economia fraca é ruim para mercados emergentes", disse pela manhã o economista da 4Cast Pedro Tuesta. "Onde você vai vender seus produtos? E se não conseguir vender, como vai conseguir crescer?"

No Brasil, as incertezas políticas e econômicas, em meio a intensos atritos entre o Palácio do Planalto e o Congresso que vêm dificultando o reequilíbrio das contas públicas, contribuíam para deixar o mercado sensível.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta manhã a redução do total de Ministérios em oito pastas, como parte de uma reforma administrativa e ministerial visando a gerar economias e estabilizar o quadro político.

O Banco Central deu continuidade nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 1,021 bilhão de dólares, ou cerca de 10 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.

(Por Bruno Federowski)

Dólar opera em alta e se mantém acima do patamar de R$ 4

O dólar volta a operar em alta nesta sexta-feira (2), se mantendo acima de R$ 4, com o quadro político incerto no Brasil deixando o mercado mais sensível à piora do humor nos mercados externos.

Às 9h05, a moeda norte-americana era vendida a R$ 4,011, em alta de 0,21%.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Dólar sobe ante real após dados fracos sobre emprego nos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava sobre o real nesta sexta-feira, após dados fracos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos alimentarem preocupações com a saúde da maior economia do mundo, o que se somava, no Brasil, às incertezas políticas e econômicas locais.

Às 10:31, o dólar avançava 0,63 por cento, a 4,0278 reais na venda. Na máxima do dia, chegou a 4,0425 reais.

"O problema é a economia (dos EUA). Economia fraca é ruim para mercados emergentes", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. "Onde você vai vender seus produtos? E se não conseguir vender, como vai conseguir crescer?"

O setor privado norte-americano, excluindo o setor agrícola, criou 142 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto os dados para agosto foram revisados para mostrar ganho de apenas 136 mil vagas. Foi o menor avanço em dois meses em mais de um ano, alimentando temores de que a desaceleração do crescimento econômico global, influenciada pela China, esteja enfraquecendo os EUA.

No entanto, a perspectiva de que a fraqueza econômica nos EUA possa levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a subir os juros somente em 2016 fazia o dólar recuar contra uma cesta de divisas formada por moedas de países desenvolvidos, mais resistentes à desaceleração da economia dos EUA.

Imediatamente após a divulgação do dado, o dólar caiu 0,59 por cento, atingindo 3,9786 reais na mínima da sessão, mas o movimento durou pouco. A moeda norte-americana também avançava em relação a outras moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, as incertezas políticas e econômicas, em meio a intensos atritos entre o Palácio do Planalto e o Congresso que vêm dificultando o reequilíbrio das contas públicas, corroborava o avanço do dólar. Os investidores também estavam de olho na divulgação da reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff nesta manhã.

"O mercado está muito sensível, não precisa ser uma operação grande para fazer cotação", disse o operador de um banco internacional.

O Banco Central dará continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

(Por Bruno Federowski)

Fonte: G1 + Reuters

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