Sem aviso, Petrobrás aumenta preço da gasolina (6%) e diesel (4%) nas refinarias

Publicado em 30/09/2015 06:59
Aumento vigora desde a zero hora desta 4a.-feira. Nos postos aumento será repassado tão logo termine os estoques... (Leia os comentários de Reinaldo Azevedo, de veja.com)

A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento vigorará a partir da zero hora desta quarta-feira (30).

O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos.

Em geral, segundo o sindicato dos postos de combustíveis, o aumento de preço para o consumidor tem sido um pouco menor que o das refinarias.

A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.

A estatal informou o aumento por meio de comunicado.

O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis.

"Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", diz o comunicado da empresa.

Integrantes do governo disseram à Folha que o próprio Palácio do Planalto considerou inevitável o reajuste em função das dificuldades financeiras da empresa, fortemente impactada pela disparada recente do dólar, o que ampliou os já elevados níveis de endividamento da companhia.

Em 10 de setembro, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da Petrobras, tirando dela o selo de boa pagadora.

-

  • PERGUNTAS E RESPOSTAS

Os combustíveis vão ficar mais caros hoje?
O preço nas bombas, que é livre, deverá ser reajustado à medida que novos estoques de combustível cheguem aos postos

Por que a Petrobras elevou os preços? O reajuste de novembro não foi suficiente?
Com a disparada do dólar, a estatal (que importa combustível) vem tendo prejuízos com a gasolina. Segundo cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), a diferença entre os preços praticados no país e a cotação internacional era de 5,8% no dia 23.

Houve momentos em que esse cálculo foi favorável à Petrobras. Ela não podia segurar o preço dos combustíveis?
Uma das dificuldades da empresa é que a sua dívida, já alta, vem sofrendo uma pressão ainda maior com a valorização do dólar, já que boa parte dela está cotada na moeda americana.

Ações da Petrobras disparam mais de 9% após reajuste de combustíveis

SÃO PAULO (Reuters) - As ações preferenciais da Petrobras disparavam mais de 9 por cento nos primeiros negócios desta quarta-feira, após a companhia anunciar na noite de terça-feira aumento de 6 por cento nos preços da gasolina e de 4 por cento no diesel nas refinarias a partir desta quarta-feira.

"Decisão é positiva e dá um pequeno fôlego e algum tempo pra companhia tomar as decisões que realmente podem fazer diferença, como corte de custos e venda de ativos", destacou o BTG Pactual em nota a clientes. "Não é uma melhoria de, digamos, 'alta qualidade', pois as questões estruturais continuam existindo, mas é uma pequena e inesperada ajuda", acrescentou a equipe do BTG.

(Por Paula Arend Laier)

O reajuste da gasolina e do diesel e as mãos sujas de Lula carimbadas nas costas de Dilma. Era uma herança! (por REINALDO AZEVEDO,  de VEJA.COM)

O então presidente Lula mira a própria obra em 2006, com óbvio orgulho e …

… carimba o macacão da ministra-companheira em 2006: herança maldita

Ah, leitor amigo, como esquecer? Lula carimbou as mãos sujas nas costas de Dilma e, ao fazê-lo, transmitiu-lhe também uma herança e um jeito de ver o mundo.

A que me refiro? Pois é… No dia 21 de abril de 2006, durante a inauguração da Plataforma P 50, em Campos, no Rio, o Babalorixá de Banânia repetiu o gesto de Getúlio Vargas, em 1952, e sujou as mãos de petróleo. O presidente do passado remoto marcava o início da extração no Brasil; o Apedeuta comemorava a nossa suposta autossuficiência — ou seja: produziríamos tudo o que gastávamos aqui dessa matriz energética. Ah, tá bom… Já chego lá.

Nesta terça, a Petrobras anunciou o reajuste de 6% da gasolina e de 4% do diesel — isso na refinaria. Como informa comunicado da empresa, “os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”. Para o consumidor, certamente será mais do que isso.

Já nem se trata de abordar o estelionato dessa turma. Peço que vocês se fixem nas fotos algo fantasmagóricas que vão acima. No dia 4 de outubro de 2013, escrevi um post post aqui sobre o aniversário de 60 anos da Petrobras e já tratava aquelas imagens de 2006, as das mão sujas, vamos dizer, como metáforas. Título daquele meu texto: “O aniversário da Petrobras e as mãos sujas de lula, carimbadas nas costas de Dilma. Ou: Eu e Petrobras, 60 anos: endividada e rebaixada”

Por que eu me coloquei no título? Leiam o texto. Eu não me conformava com a gestão da empresa. Hoje, descascar a gigante, quando existe uma Operação Lava-Jato, é fácil, mas, em outubro de 2013, não era, não. A Operação só seria deflagrada cinco meses depois.

Voltemos aos dias atuais. Por que em tempos de pressão inflacionária renitente, com a popularidade da presidente beijando a lona e com insatisfações múltiplas nas ruas, a Petrobras reajusta gasolina e diesel? RESPOSTA: PORQUE IMPORTAMOS COMBUSTÍVEL. COMO O DÓLAR SUPERA HOJE. A CASA DOS R$ 4, a estatal  — na verdade, empresa de economia mista — voltou a amargar prejuízos. O combustível que se vende aqui em reais é mais barato do que aquele que se compra de fora, em dólar. Quem arca com o prejuízo? A Petrobras.

Durante uma boa parte do governo Dilma, os preços dos combustíveis ficaram congelados para ajudar a diminuir a pressão inflacionária. O rombo na empresa só com essa brincadeira chegou a R$ 80 bilhões em quatro anos.

Os números da Petrobras, a petroleira mais endividada do mundo, são estratosféricos. Quando o dólar estava a R$ 3,10, a dívida era de R$ 415,5 bilhões. Arredondemos, com boa vontade, a cotação atual para R$ 4. A cada R$ 0,10 de valorização do real, estima-se que o passivo financeiro da companhia cresça R$ 10 bilhões. Assim, o buraco hoje estaria em R$ 505,5 bilhões.

Mas sigamos: se o Brasil é autossuficiente, como Lula anunciou em 2006, por que é preciso aumentar o preço dos combustíveis em razão do câmbio? Seria por causa dos insumos para se produzir petróleo por aqui? Não, leitores! É que Lula estava contando uma de suas mentirinhas. O nosso país nunca chegou à autossuficiência.

Pode até ser que as ações da Petrobras se valorizem um pouquinho porque o mercado pode entender que a empresa passou a ter alguma autonomia na relação com o governo. O preço dos combustíveis é apenas uma das fragilidades da companhia. Uma outra, que contribui para o seu descrédito, é a obrigatoriedade de participar de pelo menos 30% da exploração do pré-sal, o que impõe à empresa o desembolso de um dinheiro que ela não tem.

O reajuste dos combustíveis, que acaba incidindo em toda a economia, tem, sim, impacto inflacionário. Por essa razão se fez tanta bobagem no passado. A Petrobras dá, sim, um sinal de autonomia. E mais uma mentira do petismo é exposta em praça pública.

É certo que Lula sujou as mãos e que as carimbou nas costas de Dilma, como uma herança. E a herança está aí.

Por Reinaldo Azevedo, em veja.com

análise de VINICIUS TORRES FREIRE:

Dilma 1, o zumbi

Só milagre tira governo do deficit em 2015; conta de Dilma 1 ainda assombra o país

APENAS MILAGRES vão impedir que as contas do governo terminem no vermelho outra vez. Fora do governo, os interessados já sabiam disso. Pelo menos desde agosto, a previsão é de deficit primário (despesa maior que receita, mesmo desconsiderados gastos com juros).

É o que se depreende do balanço das contas federais, divulgado ontem. Lá se confirma que o rombo não se deve apenas a queda de receita e despesas "estruturais" crescentes (previdenciárias em particular).

Esse outro motivo do rombo deriva do fato de: 1) Dilma Rousseff ter arruinado empresas estatais; 2) Dilma 1 ter maquiado gastos, escondendo despesas que reaparecem agora, muitas delas devidas ao dinheiro gasto para baratear empréstimos a grandes empresas e oligopólios, via BNDES.

Pergunta-se agora se o deficit vai piorar o bastante para degradar ainda mais as expectativas econômicas e a esperança de conter o rombo previsto para 2016 (mesmo se aprovada a CPMF). Isto é, suficiente para provocar nova rodada de tumulto financeiro.

Até agosto, o deficit federal foi de 0,62% do PIB (acumulados os resultados dos últimos 12 meses). A meta oficial para 2015 é de 0,1% do PIB. Mesmo para cumprir a minimeta, serão necessários resultados extraordinários até dezembro.

A receita não pode cair. Mas, nos 12 meses contados até agosto, caiu 6,85%, já descontada a inflação; de janeiro a agosto, caiu 4,76% ante mesmo período do ano anterior.

A despesa tem de cair mais de 2%, mas cresceu 0,7% em 12 meses.

Está difícil.

Muita gente, assim como o governo, ainda conta com receitas extraordinárias previstas, vendas de patrimônio e concessões, que estão por ora penduradas no bico do corvo. Isto é, dada a turumbamba no mercado, será difícil vender parte da Caixa, hidrelétricas e fazer algum outro leilão de concessão.

Deve ser por ainda contar com essa receita extraordinária, que economistas de alguns grandes bancos estimavam ainda na semana passada que o governo federal teria déficit de 0,1% ou 0,2% do PIB, por aí. Como se escreveu mais acima, a conta está por ora em 0,62% do PIB.

Seria um chutão dizer grande coisa sobre 2016 além do fato de que a principal previsão de receita nova para o ano que vem, a CPMF, está com o pé na cova. Confirmado também um deficit grande em 2015, logo teremos ainda mais problemas. Quer dizer, descrédito ainda maior do governo, altas de taxas de juros e dólar, seguidos de rebaixamento formal do crédito.

Quanto ao rombo deste ano, considere-se uma das contas do despautério de Dilma 1. As despesas com subsídios foram de R$ 6,8 bilhões de janeiro a agosto de 2014. Neste mesmo período de 2015, de R$ 20 bilhões. Mesmo na pindaíba, o governo deu mais subsídio?

Não. O governo agora desembolsa dinheiro para "restos a pagar", papagaios indevidos e maquiagens de 2014, cerca de R$ 13,4 bilhões, até agosto. Legal ou ilegal, é uma fraude da opinião pública.

Para terminar, a presidente que tanto amava estatais as arruinou a ponto de o governo ficar sem um naco pedaçudo de seus dividendos. Em relação a 2014, esta receita caiu R$ 12 bilhões, até agosto.

O vexame é infinito. Para dizê-lo de modo gentil.

 

É uma pena que não se possa impichar Dilma ao menos três vezes. Vejam o que aconteceu com a Petrobras e com o setor elétrico, que ela comanda há 13 anos!

Já afirmei aqui ser uma pena que não se possa impichar um mandatário umas três vezes. É o que merecia Dilma. Pelo que fez na Petrobras — ou permitiu que se fizesse. Pelo que fez, sim, no setor elétrico — e aí não tem como fugir da responsabilidade. E, claro, pelas pedaladas fiscais. O estelionato eleitoral, adicionalmente, lhe cassa a legitimidade politica.

Vamos pensar no setor elétrico, que é o tema deste post. Já escrevi aqui em novembro do ano passado. Se Dilma fosse primeira-ministra, teria sido apeada do poder pela barbeiragem que fez na área, que custou R$ 105 bilhões aos cofres públicos, segundo cálculo abalizado de Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), e Mário Veiga, especialista da Consultoria PSR. A conta foi feita a pedido da Folha. Para comparação: o apagão de 2001 custou R$ 25 bilhões. Vale dizer: já se torrou mais do que o quádruplo.

Dilma produziu esse desastre todo apenas com a caneta. Não precisou nem sair da cadeira. Bastaram à dita-cuja um papel, duas intervenções em rede nacional de rádio e televisão, e R$ 105 bilhões foram para o ralo, deixando como herança uma crise inédita no setor. Fosse primeira-ministra, teria sido deposta. Fosse primeira-ministra, não voltaria jamais a comandar o país; fosse primeira-ministra, sem o auxílio da máquina, é provável que não se elegesse nem deputada. Fosse primeira-ministra, teria caído e não seria eleita vereadora na minha pequena e querida Dois Córregos, porque somos muito rigorosos por lá. Como estamos no presidencialismo, foi reeleita. E o resultado está aí.

Quem está a falar do desastre? Um jornalista que não gosta dessa turma. Sim, estou. Mas as estatais do setor não deixam a menor dúvida. Leiam trecho dereportagem de Dimmi Amora e Júlia Borba, publicada na Folha publicada nesta quarta. Volto em seguida.

*
Estatais federais responsabilizam políticas do governo Dilma pelo prejuízo de R$ 20 bilhões com que as usinas hidrelétricas estão arcando, pela crise do sistema de energia. Dentre as críticas está a de que medidas indispensáveis deixaram de ser tomadas pelo Executivo no ano passado devido ao período eleitoral. A Eletrobras, principal estatal do setor, disse que o problema atual das geradoras não se “deve meramente à condições hidrológicas adversas”, mas, sim, a decisões dos gestores do sistema –agentes do governo. As críticas foram seguidas por Furnas, Eletronorte e outras estatais geradoras de energia. A argumentação consta de documentos encaminhados à Aneel (agência reguladora do setor) para apresentar sugestões na discussão sobre quem vai pagar a conta pelo prejuízo das empresas quando elas são impedidas de gerar energia para poupar água.

Nos documentos, a Eletrobras não aceita a solução apresentada pelo Ministério de Minas e Energia, que quer que as hidrelétricas assumam um risco maior no futuro por não gerar energia. Em troca, terão o contrato de concessão prorrogado para compensar o prejuízo já existente. Desde 2012, a Eletrobras tem posição interna contrária às intervenções do governo, mas não a expunha. A estatal acumula prejuízos e suas ações despencaram 52% desde 12 de setembro de 2012, quando o governo publicou a MP 579, que reformulou o sistema elétrico. O objetivo do governo era reduzir os preços da energia, mas as mudanças desequilibraram o setor e tiveram efeito inverso: a tarifa subiu.

Nas críticas, a Eletronorte diz que o governo não tomou medidas necessárias em 2014 por ser período eleitoral: “(…) a despeito da situação excepcional de crise hidrológica por que passa o país, especialmente no ano de 2014 (em pleno período eleitoral), não foram implementadas, pelo governo, as medidas extraordinárias indispensáveis à manutenção do equilíbrio financeiro do contrato celebrado entre as partes.”

(…)
Retomo
Entenderam, caros leitores? Além da intervenção desastrada de Dilma no setor em 2012, contra a opinião quase unânime de especialistas, não de puxa-sacos, houve o que se pode chamar de pedalada elétrica. Isto mesmo: o governo deixou de tomar medidas que seriam impopulares porque estava de olho nas urnas.

A grande ironia é que Dilma chegou ao governo Lula como especialista em energia… Vejam o que aconteceu com a Petrobras e com o setor elétrico, que estão sob o seu comando há… 13 anos!

Por Reinaldo Azevedo

Elevação da Cide jogaria a inflação para cima, diz Nelson Barbosa

Uma eventual elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) aumentaria a inflação no momento em que esta começa a recuar, disse hoje (29) o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, fala na Comissão Mista de Orçamento sobre projetos de lei Orçamentária para 2016 e Plano Plurianual para 2016-2019 (Wilson Dias/Agência Brasil)Wilson Dias/Agência Brasil

"Queria deixar claro que é uma decisão que faz parte do Ministério da Fazenda. Mas não optamos por colocar a Cide porque as medidas de controle da inflação começaram a fazer efeito. Recorrer à Cide seria jogar a inflação para cima no momento em que [o trabalho para conter a inflação] começa a dar fruto", afirmou Barbosa, que participa de audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), respondendo a perguntas de deputados e senadores sobre o Orçamento.

Segundo Barbosa, a opção de recorrer à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) está relacionada ao pouco impacto que o tributo teria sobre a economia.

"Obviamente, vamos ouvir, o Ministério da Fazenda está ouvindo as sugestões sobre tributação, mas continuamos achando que a melhor alternativa é a CPMF. Ela é um valor grande, mas é distribuída por várias transações", declarou o ministro, em resposta ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator da Proposta de Lei Orçamentária Anual para 2016. Barros alegou que a eventual aprovação da volta da CPMF pode demorar e, consequentemente, a entrada de receitas originárias do imposto, também demoraria.

"O governo anunciou o novo pacote de ajuste, e o mercado não se acalmou. Fazendo uma conta matemática fria, se a CPMF for aprovada, será no meio do ano que vem. Se aprovarmos em junho, tem a noventena [prazo para entrada em vigor], e passa-se a arrecadar somente em outubro, novembro e dezembro. Sugiro que não contemos com a receita da CPMF em 2016 e substituamos por uma receita efetiva, que seria a Cide. A Cide é uma decisão administrativa do governo, passa a arrecadar no dia seguinte", afirmou o deputado.

Barbosa disse estar ciente de que a aprovação da CPMF "vai exigir um grande desafio político", mas reiterou que o tributo tem menor impacto inflacionário e sobre a atividade econômica.

O ministro também respondeu a questionamento de Ricardo Barros sobre a necessidade de mudanças na Previdência Social. "Faz parte da agenda do governo avançar na questão da Previdência. O fórum [criado pelo governo para debater mudanças na estrutura previdenciária] foi para discussão. Sabemos que dificilmente haverá consenso. O governo está apresentando suas propostas", disse Barbosa.

Segundo o ministro, a Medida Provisória (MP) 676, que cria a regra 85/95 para cálculo das aposentadorias, é "uma minirreforma na Previdência". "Uma vez completada a discussão da MP, nós vamos apresentar mais propostas de médio e longo prazo", declarou o ministro.

Barbosa está discutindo com os parlamentares a Proposta de Lei Orçamentária para 2016 e o Plano Plurianual para o período de 2016 a 2019. O governo negocia com o Congresso a aprovação de um pacote de medidas para corte de gastos e aumento de receitas no Orçamento do ano que vem. O objetivo é cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto para 2016 e garantir superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (soma dos bens e riquezas produzidos em um país).

Entre as medidas pretendidas pelo governo estão a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, aumento da alíquota do Imposto de Renda Pessoa Física sobre ganho de capital nas operações acima de R$ 1 milhão, congelamento do reajuste do funcionalismo público até agosto do ano que vem e suspensão de novos concursos públicos.

Agência Brasil

G1: Reajuste da gasolina chega aos postos nesta semana, diz sindicato

Os consumidores deverão sentir no bolso o aumento dos preços dos combustíveis até o final desta semana, segundo afirmou nesta quarta-feira (30) o presidente do sindicato dos donos de postos de São Paulo (Sincopreto), José Alberto Gouveia. O repasse do reajuste autorizado na véspera pela Petrobras será de, no mínimo, R$ 0,17, de acordo com ele.

"O revendedor vai ter que repassar [o aumento] porque não tem gordura. Até sexta, com certeza. Não vai ter como segurar. Para o dono do posto, o aumento do custo do combustível vai ser de R$ 0,17 [por litro]. Se o dono não quiser aumentar mais, no mínimo vai ter que repassar o custo", afirmou Gouveia.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Reuters: Dólar levou ao aumento dos combustíveis e Petrobras não descarta nova alta neste ano, diz fonte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O reajuste de preços de combustíveis anunciado pela Petrobras na noite de terça-feira tem motivação financeira por conta do valores mais elevados dos produtos no exterior em função da alta do dólar, disse nesta quarta-feira uma fonte da empresa à Reuters sob a condição de anonimato.

A fonte disse ainda que a Petrobras não descarta novo aumento do preço de combustíveis até o final do ano, caso o dólar continue se fortalecendo frente ao real. O reajuste, acrescentou a fonte, visa dar sinalização positiva aos acionistas com relação à política de paridade de preços de combustíveis ante mercado externo.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

 

Fonte: Folha + VEJA + Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Nasdaq terminam em baixa em negócios voláteis e incerteza sobre megacaps
Após se aproximar de R$5,70, dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
Juros futuros têm alta firme após IPCA-15 pior que o esperado
Candidato da oposição confia nos militares para garantir respeito aos resultados na Venezuela
Insegurança alimentar no Brasil cai 85% em 2023, segundo relatório da ONU