Na ONU, Dilma admite 'problemas fiscais', mas volta a culpar a 'crise externa'

Publicado em 28/09/2015 13:12

Na abertura da Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff admitiu nesta segunda-feira em Nova York, pela primeira vez no exterior, que o país tem problemas fiscais, mas voltou a culpar a "crise externa" pelos problemas econômicos do Brasil. "Estamos em um momento de transição", disse Dilma sobre a atual crise nacional. A presidente reconheceu a alta do dólar, o aumento da inflação e do desemprego; e disse que o modelo econômico "chegou ao limite", reconhecendo em seguida que o país tem sim problemas para resolver. Ela, no entanto, afirmou que o Brasil tem problemas conjunturais e não estruturais.

Sobre os casos de corrupção, Dilma afirmou que as investigações em curso no país representam um avanço e mostram que no Brasil há instituições que funcionam. Em uma possível menção aos alegados excessos da Operação Lava-Jato, a presidente afirmou que no Brasil, "o limite é a lei", indicando que a investigação não deve se sobrepor às leis. Dilma também ressaltou em seu discurso que o Brasil está de portas abertas para receber refugiados. "Somos um país multiétnico e sabemos conviver bem com as diferenças", disse.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

Na ONU, Dilma admite que modelo de crescimento chegou ao limite no Brasil

Em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta segunda­feira (28) em Nova York, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o ciclo de crescimento do país "chegou ao limite", também por questões internas, e que o governo e o povo brasileiro "não toleram corrupção".

As menções à crise política e econômica enfrentadas pelo Brasil não eram esperadas durante o discurso da presidente. Oficialmente, o Palácio do Planalto dizia que Dilma falaria apenas sobre quatro temas: reforma do Conselho de Segurança da ONU, mudanças climáticas, Jogos Olímpicos no Brasil e refugiados.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

 

Dilma mete as metas, POR CAIO BLINDER, DE N. YORK (EM VEJA.COM)

Dilma Rousseff está em Nova York.  E qual é a maior importância para ela desta viagem centrada em reuniões na ONU? Simples: não estar no Brasil. Há discurso para lá e há discurso também para lá sobre metas para 2030 (emissões de gases do efeito estufa) ou de prazo indeterminado (reforma do Conselho de Segurança da ONU).

Tudo vale no esforço que trafega entre o desesperado e o patético para o governo vender uma agenda positiva e de protagonismo internacional. Claro que as metas são válidas e dignas de serem debatidas pelas regras convencionais do jornalismo. No entanto, este não é um momento convencional no Brasil. Como Dilma pode falar de metas para 2030 quando sequer consegue improvisar um plano para o dia seguinte?

É verdade que Dilma está no labirinto burocrático e de jargões entendiantes que ela adora e que são a razão de ser destas cúpulas globais. Sua participação na abertura da assembleia geral das Nações Unidas na manhã desta segunda-feira é irrelevante. Existe o registro pelo ritual que confere ao Brasil o primeiro discurso. Atenção mesmo nos discursos seguintes de Barack Obama e de Vladimir Putin (que dá as caras pela primeira vez em dez anos).

Sobre a participação de Dilma (de sexta-feira ao domingo) em um mastodonte chamado Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, fixando metas para os próximos 15 anos em 17 áreas, fico com o editorial do fim de semana do Financial Times. O jornal observa a obsessão contábil da ONU com metas globais como pobreza.

O editorial lembra que os progressos das últimas décadas são devidos ao deslocamento de países em desenvolvimento à melhor governança e a economias mais orientadas para o mercado. Com a mentalidade “desenvolvimentista” e a desonestidade eleitoral do desgoverno Dilma, o Brasil consegue decepcionar nas metas para o futuro além das expectativas. Dá para falar dos planos da desgovernante para 2030?

 

CONFIANÇA DOS INDUSTRIAS NO GOVERNO DILMA CAI PARA AS MÍNIMAS DA HISTÓRIA

É o menor nível da série histórica. O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto(Jefferson Bernardes/VEJA)

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,9% em setembro ante agosto, passando de 68,0 para 66,0 pontos, informou nesta segunda-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível da série histórica. O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto.

"Fatores negativos de origem econômica associam-se às incertezas no ambiente político para determinar a persistência da tendência de queda da confiança industrial", explicou o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr. "A piora mais expressiva das expectativas desde abril sugere que, em setembro, o setor continua sem ver sinais de recuperação consistente no horizonte de três a seis meses", completou.

A queda do ICI foi impulsionada principalmente pelo resultado do Índice de Expectativas (IE), que teve decréscimo de 4,2%, para 64,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,9%, para 67,9 pontos.

A maior contribuição para a queda do IE veio do quesito que mensura o ímpeto de contratações pela indústria nos três meses seguintes. Houve diminuição na proporção de companhias prevendo ampliação do efetivo, de 7,3% para 6,1%; e aumento das empresas que preveem uma redução no quadro de funcionários, de 30,7% para 34,5%. Esse é o maior porcentual desde janeiro de 1992 (38,7%).

No ISA, a principal contribuição veio do indicador que avalia a satisfação dos empresários com o momento atual dos negócios. Aumentou a proporção daqueles que veem a situação como fraca, de 46,9% para 49,1%, e diminuiu a fatia dos que avaliam o período como bom, de 8,6% para 8,0%.

Fonte: Folha de S.Paulo + veja.com

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