PMDB se recusa a indicar novos ministros a Dilma
A cúpula do PMDB se recusou na segunda-feira a indicar nomes para compor o ministério e a ajudar a presidente Dilma Rousseff a cortar pastas. Em três conversas com Dilma, o vice-presidente Michel Temer sugeriu a ela que adiasse a reforma ministerial, sob a alegação de que, neste momento de fragilidade, mudanças na equipe só provocariam mais instabilidade política e atritos na base aliada do governo.
A falta de indicações foi interpretada nos bastidores como mais um gesto do PMDB na direção do rompimento com o Planalto. Além de Temer, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisaram Dilma que não apresentarão nomes para cargos.
À noite, inconformada com a recusa do PMDB, Dilma chamou Temer para outra conversa, no Palácio da Alvorada. Os líderes do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e no Senado, Eunício Oliveira (CE), também foram convocados. Picciani disse a amigos que a bancada na Câmara "quer ter um ministro".
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