Boletim Focus: Mercado financeiro vê queda maior do PIB em 2015 e 2016
As previsões do mercado financeiro para o nível de atividade da economia brasileira recuaram para este ano e para 2016, segundo relatório de mercado do Banco Central, que é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para inflação, a estimativa melhorou para 2015, mas registrou aumento para o ano que vem. O relatório focus foi divulgado nesta segunda-feira (21).
Para 2016, os economistas das instituições financeiras passaram a prever uma contração de 0,8% na economia do país – na sétima revisão para baixo seguida. Na semana anterior, os analistas haviam estimado uma retração de 0,60% para a economia no próximo ano. Para se ter uma ideia, no início de 2015, a previsão dos economistas era de uma expansão de 1,8% para a economia brasileira no ano que vem.
Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Inflação
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano de 2015 em 9,34% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,28%. Se confirmada, representará o maior índice em 12 anos, ou seja, desde 2003 – quando somou 9,30%.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 5,64% para 5,70% na última semana. Foi a sétima alta seguida do indicador – que continua se distanciando da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem.
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IBC-Br tem queda de 0,02% em julho, diz BC
BRASÍLIA (Reuters) - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,02 por cento em julho sobre junho, conforme dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta segunda-feira.
Especialistas consultados pela Reuters estimavam um recuo maior, de 0,35 por cento, segundo mediana de 10 projeções que variaram de queda de 0,70 à estabilidade do índice.
(Por Marcela Ayres)