BC promete agir até que previsão de inflação para 2016 volte a cair
O Banco Central está preocupado com o processo de "desancoragem" das expectativas sobre o ritmo da inflação no próximo ano. Até então, analistas vinham mantendo a projeção de que o índice de preços seguiria em direção à meta em 2016, o que servia como uma âncora para as expectativas.
No entanto, as previsões voltaram a subir nas últimas seis semanas, por causa da piora das contas públicas. Para retomar a âncora, o BC afirma que "não vai aliviar" se esse cenário não for revertido no curto prazo.
Segundo assessores presidenciais, o BC vai continuar trabalhando para que a inflação entre "embicada para baixo" em 2016, dentro do seu objetivo de fazer o IPCA convergir para o centro da meta, de 4,5%, em dezembro do ano que vem. A forma de reação, caso seja necessária, ainda não está definida.
Assessores argumentam que a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) será nos dias 20 e 21 de outubro e que, até lá, o banco tem tempo para avaliar como será a evolução das expectativas de mercado. A expectativa no governo, porém, é que o novo cenário econômico impeça qualquer queda nos juros no curto ou médio prazo.
O BC havia conseguido levar as previsões de mercado para uma inflação de 5,40% em 2016 com seu aperto monetário, que elevou a taxa de juros para 14,25% ao ano.
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