Importações da China caem com força em agosto e governo corta tributos no mercado acionário

Publicado em 08/09/2015 07:08
Reuters

XANGAI (Reuters) - As importações da China recuaram com força em agosto, levantando preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo e sua contribuição para o crescimento global.

Os dados vão ampliar a pressão sobre as autoridades de Pequim que tentam garantir que a economia da China evite um pouso forçado, embora elas devam achar algum consolo no fato de que seus esforços para estabilizar os mercados acionários do país tenham sido recompensados com um rali nesta terça-feira.

As importações despencaram 13,8 por cento ante o ano anterior, bem mais do que analistas esperavam, chegando ao décimo mês seguido de queda, o que reflete tanto os preços globais de commodities mais fracos quanto a demanda fraca.

A maior parte das importações da China é de commodities e outras matérias-primas, que vão para as fábricas transformá-las em bens para venda externa, portanto a queda pode ser um mau sinal para as exportações nos próximos meses.

As exportações caíram menos do que o esperado, 5,5 por cento, mas analistas ainda duvidam que a China possa agora alcançar sua meta de crescimento comercial no final do ano de 6 por cento.

 

Comércio exterior da China registra queda de 9,7% em agosto (na FOLHA)

 

O comércio exterior da China, um dos motores da segunda maior economia do mundo, segue em baixa e registrou em agosto uma queda de 9,7% em estimativa anual, um índice maior que o ocorrido em julho, que foi de 8,8%.

Segundo os dados oficiais publicados nesta terça-feira, as exportações somaram um total de 1,2 trilhão de yuans (US$ 188,5 bilhões) nesse período, o que representa uma queda de 6,1%. Esta marca, no entanto, foi inferior à redução de 8,9% registrada em julho.

As importações, por sua vez, despencaram 14,3% ao acumular um total de 836,1 bilhões de yuans (US$ 131,3 bilhões), uma queda muito superior à registrada no mês passado, que foi de 8,6%.

Em agosto, o superávit comercial se expandiu em 20,1% ao somar 368 bilhões de yuans (US$ 57,7 bilhões).

Nos oito primeiros meses do ano, o comércio exterior sofreu queda de 7,7% em estimativa anual e registrou trocas no valor de 15,67 trilhões de yuans (US$ 2,46 trilhões), com um superávit comercial de 2,23 trilhões de yuans (US$ 350,3 bilhões).

De janeiro a agosto, as vendas para o exterior caíram 1,6% e acumularam 8,95 trilhões de yuans (US$ 1,40 trilhões de dólares), enquanto as importações despencaram 14,6% nesse mesmo período, somando um total de 6,72 trilhões de yuans (US$ 1,05 trilhão).

Esses números voltam a evidenciar a desaceleração da economia chinesa e põem em risco a meta de Pequim de conseguir um crescimento de 7% para 2015.

Além disso, os últimos números do comércio exterior da China chegam depois que o governo decidiu em agosto desvalorizar sua moeda para estimular suas exportações, o que causou alvoroço nos mercados mundiais.

O governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, garantiu neste fim de semana que não há razão para uma desvalorização persistente e afirmou que a moeda chinesa está perto de se estabilizar.

As exportações continuam sendo o grande motor econômico do país, apesar das tentativas do governo de mudar seu modelo de crescimento para que dependa mais do consumo interno. (c/ agencia EFE).

 

China corta tributação sobre dividendos para acionistas de longo prazo

HONG KONG/PEQUIM (Reuters) - A China anunciou nesta segunda-feira que irá isentar do imposto de renda pessoal os dividendos pagos a acionistas detentores de ações por mais de um ano, em um movimento destinado a incentivar o investimento de longo prazo em ações, em oposição a especulação de curto prazo.

O governo também disse que vai reduzir pela metade o imposto sobre os dividendos para aqueles que mantenham as ações por um período entre um mês e um ano, e que as alterações entrarão em vigor na terça-feira.

Aqueles que mantiverem as ações por menos de um mês irão pagar a alíquota cheia do imposto de renda, disse o Ministério das Finanças em um comunicado em seu site.

As medidas são as mais recentes de uma saraivada de mudanças adotadas por Pequim na esperança de conter a queda no mercado acionário chinês que abalou os investidores globais e levantou novas dúvidas sobre a força da segunda maior economia do mundo.

Horas antes, as bolsas de valores de Xangai e Shenzhen e a Bolsa de Futuros Financeiros da China propuseram a introdução de um sistema "circuit breaker" em um dos índices de ações de referência do país para estabilizar o mercado, disse a bolsa de Xangai em um comunicado em seu site.

A bolsa está propondo que um aumento ou queda de 5 por cento do índice CSI300 em relação ao fechamento anterior acione a suspensão por 30 minutos de todos os índices acionários do país, se o movimento ocorrer antes das 14h30.

Após esse horário, um movimento de 5 por cento acionaria a suspensão dos negócios até o fechamento do mercado.

Movimentos de 7 por cento provocariam a suspensão dos negócios até o fim do dia.

As bolsas aguardam comentários dos participantes do mercado sobre as propostas até o dia 21 de setembro.

Não há garantia de que Pequim irá adotar as propostas, mas, se aprovadas, podem desestimular os investidores que queiram comprar ações, por restringir o potencial do mercado a subir, assim como de cair.

Participantes do mercado expressaram dúvidas de que a volatilidade possa ser contida, já que as medidas adotadas pelo governo para reduzir as fortes oscilações no mercado de ações têm sido ineficazes até o momento.

"Eles tentaram incentivar o investimento de longo prazo e também conter a volatilidade, mas eu não acho que isso possa ser totalmente controlado neste momento", disse Tracy Chen, gerente de portfólio da unidade de Legg Mason Brandywine Global, na Filadélfia.

O índice CSI300 compreende as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen.

Economia do Japão encolhe 1,2% no 2º trimestre de acordo com dados revisados


TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão encolheu a uma taxa anualizada de 1,2 por cento entre abril e junho, ante uma estimativa inicial de contração de 1,6 por cento, mostraram dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) japonês nesta terça-feira (horário local).

A previsão mediana do mercado era de uma contração de 1,8 por cento.

PIB da zona do euro no 2º tri é revisado para cima com crescimento maior na Itália


BRUXELAS (Reuters) - A economia da zona do euro cresceu mais rapidamente do que o esperado no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira, principalmente devido ao crescimento mais rápido na Itália e na Grécia.

A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, informou que o Produto Interno Bruto (PIB) nos 19 países que compartilham o euro cresceu 0,4 por cento na comparação trimestral no período de abril a junho, para uma alta de 1,5 por cento na base anual
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BCE estabelece exigências de capital para maiores bancos da zona do euro

MILÃO/FRANKFURT (Reuters) - O braço de supervisão do Banco Central Europeu (BCE) definiu os níveis de capital que os maiores bancos da zona do euro devem manter e vai apresentar um esboço de suas decisões para as instituições em breve, disseram várias fontes com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.

O BCE assumiu a regulação dos maiores bancos da região no fim do ano passado e tem que decidir o índice mínimo de capital de nível 1 que as instituições devem manter. O índice é uma medida-chave da capacidade de um banco de absorver perdas.

As decisões preliminares tomadas na semana passada cobrem a maioria dos 123 bancos sob supervisão do BCE, afirmou uma das fontes.

"Houve uma reunião do conselho de supervisão na quinta-feira e na sexta-feira e as decisões foram tomadas", disse a fonte.

Cerca de 80 por cento das instituições supervisionadas pelo BCE serão obrigados a manter um índice de capital de nível 1 de 9 a 12 por cento, com metade do total tendo que manter um índice de 10 por cento, afirmou uma fonte do setor bancário antes da decisão do BCE.

Na média, os 24 maiores bancos da Europa apresentavam um índice de capital de nível 1 de 13,2 por cento no fim de junho, embora isso inclua bancos nórdicos, da Suíça e do Reino Unido, que têm índices mais elevados que os seus rivais da zona do euro. Alguns bancos menores também têm índices de capital mais fracos.

Depois de receber as demandas do BCE, os bancos da zona do euro terão duas semanas para levantar objeções técnicas, disse outra fonte.

O BCE irá, em seguida, tomar uma decisão final, o que poderá ocorrer em novembro, disseram duas das fontes

Mineradoras impulsionam ganhos de ações europeias; Glencore salta

LONDRES (Reuters) - As ações europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, com as ações de empresas de matérias-primas liderando os ganhos após a mineradora e trading de commodities Glencore anunciar planos de reduzir sua dívida e cortar suas operações de cobre na África.

O índice das principais ações europeias FTSEurofist 300 <.FTEU3> subiu 0,48 por cento, a 1.399 pontos, depois de fechar em queda de 2,5 por cento na sexta-feira, quando dados mistos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos alimentaram dúvidas sobre quando o banco central norte-americano irá elevar os juros.

As ações da Glencore subiram 7 por cento depois de a empresa anunciar que vai vender ativos, levantar 2,5 bilhões de dólares com a emissão de novas ações e suspender dividendos, em um esforço para reduzir a dívida em um terço para 20 bilhões de dólares no fim do próximo ano.

Em LONDRES, o índice Financial Times <.FTSE> avançou 0,52 por cento, a 6.074 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX <.GDAX> subiu 0,70 por cento, a 10.108 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 <.FCHI> ganhou 0,59 por cento, a 4.549 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib <.FTMIB> teve valorização de 0,70 por cento, a 21.622 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 <.IBEX> caiu 0,17 por cento, a 9.805 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 <.PSI20> recuou 0,54 por cento, a 5.030 pontos.

(Por Atul Prakash)

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Fonte: Reuters + Folha + EFE

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