Dilma admite ‘novas fontes de receitas’ e diz que foram feitos todos os cortes possíveis no Orçamento
JOÃO PESSOA (PB) - Antes de embarcar para o estado da Paraíba, onde cumpre agenda nos municípios de Campina Grande e João Pessoa, a presidente Dilma Rousseff (PT) concedeu entrevista por telefone para uma cadeia de rádios local. Dilma admitiu a possibilidade de criar novos impostos para superar a crise, além de dizer que “foram feitos todos os cortes possíveis no Orçamento, mas sem prejudicar os recursos dos programas sociais”:
— Estão mantidos e em pleno funcionamento os programas Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, ProUni, Fies, Mais Médicos, construção de postos de saúde, cisternas, como também os investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos — disse, acrescentando:
— Não podemos cortar esses gastos para evitar o retrocesso, ainda que não sejam os maiores custos do orçamento, que possui maiores gastos em setores como a previdência, benefícios de assistência, gastos com pessoal e despesas obrigatórias previstas em lei.
No começo da entrevista, a presidente explicou o projeto da previsão orçamentária de 2016 enviado ao Congresso, com déficit superior a R$ 30 milhões. É a primeira vez na história do país que o projeto orçamentário apresenta estimativa de gasto superior à receita.
Dilma fez questão de destacar que cobra total transparência de sua equipe econômica e, por esse motivo, enviou o orçamento com o déficit ao Congresso.
— Queremos deixar claro que a medida é necessária, pois poderíamos ter enviado receitas decorrentes de tributos junto com o orçamento, mas não fizemos, para que possamos construir juntamente com a sociedade uma maneira de resolver este problema, que decorre da queda da receita diante da dificuldade econômica no país — declarou.
Para resolver as questões financeiras do país e buscar equilíbrio orçamentário, a presidente sugeriu medidas de gestão por parte do próprio governo, enxugando gastos, fiscalizando programas e admitiu a possibilidade de criação de novas fontes de receita como impostos, para que o país não fique com déficit e caia no retrocesso.
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