Dólar reduz alta em meio a briga pela Ptax, mas ainda sobe mais de 1% ante real

Publicado em 31/08/2015 10:14

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar reduzia a alta para pouco mais de 1 por cento sobre o real nesta segunda-feira, em meio à briga pela formação da Ptax de agosto, após renovar mais cedo as máximas desde o fim de 2002 diante de preocupações com as contas públicas brasileiras e com a desaceleração da economia da China.

O fortalecimento da moeda norte-americana vinha mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio após o fechamento dos negócios na sexta-feira.

Às 12:42, o dólar avançava 1,24 por cento, a 3,6298 reais na venda. Na máxima da sessão, o dólar subiu 2,77 por cento, a 3,6845 reais, maior nível intradia desde 16 de dezembro de 2002, quando foi a 3,7000 reais.

Operadores disputavam para deslocar as cotações de forma a garantir uma Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, favorável a suas operações. Mesmo assim, o clima de preocupações garantiu que a moeda dos EUA operasse em alta expressiva sobre o real desde o início dos negócios.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. "Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem. Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até 2,4 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é de fundamentos", disse o superintendente de derivativos de um importante banco nacional.

Dólar opera em alta e chega ao maior nível desde 2002 à espera do Orçamento de 2016

Por Jhonatas Simião

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (31), acima de R$ 3,60 na venda, após avançar 2% e atingir R$ 3,68, maior nível intradia em mais de 12 anos. Às 13h02, a moeda norte-americana avançava 1,00%, a R$ 3,621 na venda.

O mercado financeiro repercute as preocupações com relação a situação fiscal do Brasil e temores de que o país possa perder seu selo de bom pagador com projeção de déficit primário no Orçamento de 2016, mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio.

No sentido contrário, a Bovespa caía 1,97%, a 46.224,21 pontos. De acordo com informações de agências de notícias, os investidores estão preocupados com as contas públicas brasileiras e com a possibilidade de o país perder seu grau de investimento.

Segundo informações do Portal UOL, das 66 ações que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, apenas três operavam em alta por volta das 11h50. Eram elas: Fribria (FIBR3), com ganho de 3,69%; Suzano Papel e Celulose (SUZB5), com valorização de 2,89%; e Braskem (BRKM5), com avanço de 2,83%. 

Bovespa recua quase 3%, atenta a divulgação de Orçamento de 2016

O principal índice da Bovespa abriu a segunda-feira (31) em queda, com o mercado na expectativa da divulgação da proposta de Orçamento do governo brasileiro para 2016 prevendo déficit primário. No último pregão do mês, o Ibovespa caminha para o pior resultado mensal desde setembro de 2014.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Dólar salta 2% e vai a R$3,65 por preocupações fiscais, apesar de BC

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltava 2 por cento frente ao real e renovava as máximas em mais de doze anos nesta segunda-feira, pressionado por preocupações com a situação fiscal do Brasil e temores de que o país possa perder seu selo de bom pagador, mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio.

Os movimentos locais também vinham em linha com os mercados externos, que sofriam o efeito de novo tombo da bolsa chinesa, acentuados também pela briga pela formação da Ptax de agosto. A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis a suas operações.

Às 10:20, o dólar avançava 1,99 por cento, a 3,6565 reais na venda. Na máxima da sessão, a divisa subiu 2,07 por cento, a 3,6595 reais, maior nível desde 14 de fevereiro de 2003, quando foi a 3,6700 reais.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. "Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem. Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até 2,4 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é de fundamentos", disse o superintendente de derivativos de um importante banco nacional.

No InfoMoney: Dólar futuro supera R$ 3,70 e renova máxima de 2009, com tensão sobre rating

Câmbio sobe pressionado por notícias de que o governo irá prever um déficit primário na proposta do Orçamento de 2016, o que pode abrir caminho para perda do grau de investimento do Brasil

O dólar dispara nesta segunda­feira (31) pressionado por notícias de que o governo irá prever um déficit primário na proposta do Orçamento de 2016. O mercado acredita que isso poderá fazer o Brasil perder o grau de investimento.

Às 10h48 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 2,56%, a R$ 3,6770 na venda, mas registrou na máxima R$ 3,6806. Já o dólar futuro registrava alta de 2,65%, a R$ 3,716. Com essa alta, o dólar futuro renova máxima de maio de 2009.

Leia a notícia na íntegra no site do InfoMoney

Dólar abre dia acima de R$ 3,60 à espera do Orçamento 2016

O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira (31), acima de R$ 3,60, em meio à expectativa de entrega do orçamento de 2016 pelo governo. O documento – chamado Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) – vai conter estimativas para a arrecadação do governo no ano que vem e fixar os gastos que o governo quer fazer com esses recursos. Para entrar em vigor, o Orçamento precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

Às 10h, a moeda norte-americana avançava 1,7%, a R$ 3,6465. No dia 26, o dólar chegou a atingir R$ 3,6563, maior nível intradia desde 14 de fevereiro de 2003, quando chegou a R$ 3,67.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Fonte: Reuters + G1

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