Janot nega que seja “vazador” e rebate críticas sobre “espetacularização” da Lava Jato

Publicado em 26/08/2015 14:11

BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira que seja um “vazador” de informações sigilosas sobre apuração de esquema de corrupção em estatais e rebateu críticas sobre “espetacularização” da investigação.

Em resposta ao senador Fernando Collor (PTB-AL), denunciado pelo procurador ao Supremo Tribunal Federal (STF) por indícios de envolvimento no esquema, Janot disse ainda que “não há futuro viável se condescendermos” à corrupção.

“A chamada espetacularização da Lava Jato nada mais é do que a aplicação de princípio fundamental da República, todos são iguais perante a lei”, disse a senadores.

"Pau que dá em Chico, dá em Francisco", acrescentou Janot durante sabatina na CCJ para analisar sua indicação à recondução no cargo pela presidente Dilma Rousseff. Após a sabatina, o nome de Janot será analisado pela comissão e, se aprovado, será submetido ao plenário do Senado

Segundo o procurador, houve “agitação muito grande na imprensa” e “especulação enorme” sobre quem seriam os políticos com foro privilegiado que seriam alvo de investigação.

“Nego, portanto, que eu seja um vazador contumaz”, disse em reposta a Collor, que apontou o que chamou de vazamentos que privilegiaram determinados órgãos de imprensa.

“Sou discreto não tenho atuação midiática”, assegurou Janot.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Brasil e EUA farão anúncio sobre aproximação em transformação ecológica, diz Haddad
S&P e Nasdaq fecham nos menores níveis em várias semanas pressionados por Tesla e Alphabet
Dólar fecha no 2º maior valor do ano em mais um dia de pressão para emergentes
Ibovespa tem queda discreta com petroleiras atenuando pressão de Wall St
Taxas de juros futuros voltam a subir com alta do dólar e dos rendimentos dos Treasuries
Receita do setor de mineração do Brasil cresce 8% no 1º semestre