Na FOLHA: Mais de 200 cidades devem ter protestos contra Dilma. Momento é de tensão no País

Publicado em 13/08/2015 06:05
Manifestações acontecem neste domingo (16) em 25 capitais e no DF. Movimentos de esquerda organizam atos em resposta no mesmo domingo e na quinta-feira (20). Por BRUNO FÁVERO, DA FOLHA DE SÃO PAULO (leia também as análises dos articulistas da Folha nesta 5a.-feira)

Ao menos 234 cidades no Brasil e no exterior devem organizar protestos contra a presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (16), segundo listas divulgadas pelos grupos organizadores nesta quarta-feira (12).

A previsão representa um redução em relação às últimas manifestações, em 12 de abril, quando 407 cidades eram contabilizadas na véspera dos atos.

São Paulo é o Estado com o maior número de municípios participantes, 71. Na capital, a manifestação se concentrará na av. Paulista e terá cerca de dez carros de som.

Como em abril, os principais grupos por trás da organização são o MBL (Movimento Brasil Livre), o Vem Pra Rua e o Revoltados On Line.

Movimentos que defendem a intervenção militar também terão carros no ato.

ANTI-IMPEACHMENT

Também no domingo, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) promove abraço coletivo "em defesa da democracia" no Instituto Lula, no Ipiranga, em São Paulo.

Na quinta (20), movimentos sociais organizam manifestações "contra a ofensiva conservadora" em dez capitais. Representantes dos movimentos, porém, dizem que atos não são pró-governo.

"Somos contra o golpismo, mas esse não é um movimento pró-Dilma. Condenamos o ajuste fiscal promovido pelo governo e também a Agenda Brasil [conjunto de propostas apresentadas pelo PMDB do Senado]", afirma Guilherme Boulos, representante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e colunista da Folha.

 

Em O GLOBO: Para grupo de senadores, Dilma ‘não lidera mais’

Segundo parlamentares independentes, que se reuniram na terça-feira, ato do dia 16 é crucial para o futuro

BRASÍLIA - Um grupo de 26 senadores independentes, de partidos da base e da oposição, participou de um jantar na noite de terça-feira para discutir formas de ajudar o Brasil a sair da crise. Dois importantes interlocutores do governo, no entanto, também estavam presentes: o líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE), e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM). A avaliação de boa parte dos presentes era de que a presidente Dilma Rousseff não lidera um “projeto” para o país e que a Agenda Brasil, articulada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem poucas medidas que podem ajudar a sair da crise e é, portanto, insuficiente.

O ministro Eduardo Braga foi muito questionado sobre saídas dentro do governo, mas disse apenas que era preciso continuar conversando. Outro consenso é que as manifestações do dia 16 de agosto vão ser decisivas para o futuro de Dilma.

— Todo mundo que participou do jantar quer ajudar o Brasil, mas é preciso que haja um projeto, e quem esmiuçou a Agenda Brasil, do Renan, acha que é insuficiente. Todos concordaram também que Dilma não lidera mais, mas não tem uma saída ainda — contou um dos senadores presentes.

 

ANÁLISE DE VINICIUS TORRES FREIRE, DA FOLHA:

Espumas flutuantes, ruas e galinhas

Operação água na fervura de Dilma 2 continua a dar certo, mas crise de fundo ainda vai longe

NÃO CONVÉM subestimar o alívio do risco de ruína política iminente de Dilma Rousseff. Nem fazer estimativas desmedidas de melhoras, por enquanto espumas.

O governo ganha tempo, semanas que sejam, o que não é desprezível nem inócuo em situações quase desesperadas. Ao menos, é água fria na fervura.

O estouro da boiada financeira, dólar logo a R$ 4 e juros no rabo do foguete, poderia degradar imediatamente uma situação que, embora horrível, não piora nem tem como piorar em dias, em termos substantivos (no que diz respeito a recessão, penúria do governo, descrédito).

Ontem, Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, recorreu a sua "bancada" no Tribunal de Contas da União a fim de adiar por 15 dias a decisão do processo que pode levar à decapitação de Dilma 2. De resto, o senador vem amaciando a turma, com o apoio de Michel Temer (PMDB), vice-presidente. A unanimidade na condenação das contas de Dilma 1 é bem mais incerta.

Embora ainda não se saiba bem por que o governo mereceu um amor de Renan, o senador virou a biruta. Fez a tal "Agenda Brasil", enumeração caótica de medidas que tem um dedo menor de Joaquim Levy e a mão grande de Romero Jucá (senador, PMDB, vez e outra líder de governos desde os tempos tucanos). Renan ainda acertou ontem mais ponteiros com o ministro da Fazenda.

A "descompressão" da crise terminal contou ainda com a "moderação das elites em relação ao golpe", como diz gente do governo. Beneficiou-se da divisão do PSDB (cunhistas de Aécio contra temeristas). Teve a esmola da agência de avaliação de crédito que não rotulou de imediato o governo como caloteiro em potencial. Temer, enfim, tenta pacificar até Eduardo Cunha (PMDB). Lula pede apoios pelo amor Deus.

Isto posto, quase tudo pode virar espuma, como Cunha disse ontem da "agenda estruturante" de Renan-Jucá-Levy, o "novo programa" de Dilma 2, que humilhação.

Basta lembrar como desandou o breve alívio de abril: 1) percebeu-se que outra vez o governo não conseguiria pagar nem suas contas primárias (exclui juros); 2) Cunha a estrebuchar soltava fogo e veneno pelas ventas; 3) O petrolão voltou a explodir.

A Lava Jato não tem fim previsível. Na frase eterna atribuída a Teori Zavascki, ministro do Supremo, a cada pena que se puxa vem uma galinha. Gente graúda combinava ainda ontem delações mortíferas, para nem mencionar investigações e denúncias de políticos que estão quase prontas.

Não se sabe o que virá "das ruas", de domingo e depois. Embora a direita não tenha a tecnologia e o ânimo militante de manifestação da esquerda, sabe-se lá o qual será o humor do povo, em forma de protesto ou de fúria nas pesquisas.

Motivos econômicos haveria, pois a inflação vai continuar na casa de quase 10% até ao menos o fim do ano, comendo renda. O desemprego deve subir ao menos até meados de 2016. O crédito continuará estagnado. Assim, a capacidade de consumo vai continuar a esfarelar, como se viu pelos dados de ontem do IBGE e como não se via desde 2003.

Caso houvesse expectativa de mudança, o eleitorado poderia mudar de ideia quanto ao governo, como tantas vezes já se viu. Por ora, porém, falta mais esperança que dinheiro.

 

ANÁLISE DE ROGÉRIO GENTILE:

Tensão e ansiedade

SÃO PAULO - O governo ganhou certo fôlego com o acordo no Senado e a tal Agenda Brasil, saindo ao menos do isolamento e do imobilismo, mas isso não significa que não esteja mais nas cordas. O mandato de Dilma corre muitos riscos.

O primeiro poderá ser medido nas manifestações marcadas para o próximo domingo e dependerá do volume das adesões e da amplitude dos protestos pelo país.

Se personificarem e espelharem a impopularidade detectada pelo Datafolha em todas as regiões, o caldo poderá entornar de vez. O Congresso, os mercados e os tribunais de contas da vida são altamente sensíveis ao barulho das ruas.

A denúncia a ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República e o desdobramento das investigações também são fatores de grande importância para a sobrevivência da presidente. Podem significar a abertura de uma janela de oportunidade para a estabilização política ou, contraditoriamente, ajudar a empurrá-la para fora do Planalto.

Caso a denúncia de Rodrigo Janot atinja frontalmente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como acredita e torce o governo, Dilma terá uma boa chance para rearranjar as coisas no Legislativo, passo fundamental para diminuir a temperatura na economia.

Por outro lado, personagens importantes do esquema de corrupção na Petrobras estão neste momento negociando novas delações premiadas. Se, como muita gente suspeita, nomes relevantes do PT ou do próprio governo forem realmente implicados, Dilma ficará extremamente exposta.

A situação é tão volátil e difícil para a presidente que está afetando até mesmo os nervos do normalmente discreto e prudente Michel Temer, como ficou claro no episódio em que ele afirmou que o país precisa de "alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos".

O vice-presidente não está conseguindo controlar a ansiedade.

 

OPINIÃO DE JANIO DE FREITAS:

Linhas de desmontagem

Otimismo de Dilma com as propostas de Renan contra a crise não tem o mínimo apoio na realidade

Nada do que Renan Calheiros levou a Dilma, como proposta contra a crise, tem a ver com a crise ou pode nela influir para dissolvê-la, em seu aspecto econômico ou no político. Não é mais do que um amontoado de manjadas propostas sem nexo entre si, e quase tudo sujeito a fácil identificação com intenções subalternas, em benefício de diferentes áreas de poder econômico –logo, também financeiro. Se fossem propostas isentas de interesses escusos, não seria Renan Calheiros a levá-las à Presidência.

As fanfarras e a louvação com que a própria Dilma recebeu Renan, e as tais propostas, explicam-se por utilidades que independem do teor do presente. Aos dois lados convinha a reaproximação.

Renan não é político que viva de costas para o poder. Dilma precisava da contribuição de Renan para encarar no Senado as bombas de Eduardo Cunha aprovadas na Câmara. De quebra, ter Renan em seu círculo é distanciá-lo de Eduardo Cunha e atrapalhar a recente fraternidade a ele dedicada por José Serra, Aécio Neves e outros do opositor PSDB. Afora isso, em um dizer antigo, é questão de estômago.

Mas talvez seja o caso de lamentar que as sugestões de Renan Calheiros não ofereçam alguma utilidade contra a crise. O otimismo expresso por Dilma, com a ideia de que "vivemos uma transição e em breve vamos retomar o crescimento", não encontra nem o mínimo apoio em parte alguma da realidade. Muito ao contrário, são dados objetivos, e não meras especulações do quanto pior mais impeachment, que sugerem estarmos no último estágio econômico e social em que ainda é possível deter a degringolada geral. E reverter os danos mais perigosos ou absurdos.

O país está parando. Os eventos e providências que Dilma anuncia, nas andanças para a pretendida e improvável reanimação do país, não tocam nos problemas da crise. Olham para um futuro impreciso e não condizem com o presente do governo. Mas são já os avanços do número de empregados, da remuneração do trabalho, de várias faces da ascensão econômica que regridem, que se perdem sob as vistas indiferentes dos mestres de ajustes que desajustam. A jornalista Flávia Oliveira, de múltiplas competências, formulou uma síntese precisa: "Crise é tempo de promover ajustes, não o desmonte".

Se o governo persiste no rumo do tal "ajuste fiscal", como se alheio ao que se passa com e no país, pode-se desde logo desacreditar que Dilma e Joaquim Levy consigam o tal ajuste fiscal que pensam buscar –quanto mais a retomada do crescimento, difícil e longa até em caso de êxito da atual suposição de política econômica e de governo.

NOVIDADE

Logo chegará por aqui, como sempre, uma posição adotada anteontem pelo comando da Anistia Internacional, reunido na Irlanda: defender, com a descriminalização da prostituição, também a de todo comércio sexual e mesmo a dos intermediadores de prostituição.

Ou seja, confusão total. "Intermediadores" são proxenetas, são gigolôs, são exploradores de mulheres, tantas delas sujeitadas pelo medo e a violência em situação equivalente à de escravas. Mesmo quando os defendem, o que não é incomum, não se sabe quando o fazem sob ameaças ou não.

Considerar tolerável e normal a exploração de mulheres –isso o meu ceticismo nunca imaginou. Mas, sosseguemos, não faltarão brilhantes argumentações em favor da nova tese.

 

COMENTÁRIO DE BERNARDO MELLO FRANCO:

Ilha da fantasia

BRASÍLIA - Desde a posse dos novos parlamentares, o Congresso não ficava tão cheio quanto na última terça-feira. Centenas de homens de terno e mulheres de salto alto cercavam deputados, entupiam corredores e se esparramavam nas poltronas e até no chão do salão verde.

A presença de visitantes pode parecer boa notícia, mas ninguém estava ali para protestar a favor ou contra o impeachment, a reforma política ou a redução da maioridade penal. O que os unia era um objetivo menos nobre: pressionar os parlamentares para engordar os próprios salários.

Em plena crise, sindicatos de servidores decidiram aproveitar a fragilidade do governo para arrancar aumentos muito acima da inflação. O mote da vez é vincular salários à remuneração dos ministros do STF.

Na terça, a Câmara aprovou em primeiro turno um gatilho que beneficia servidores da AGU, procuradores municipais e delegados da PF e das polícias estaduais. Os aumentos chegam a 59% em uma só tacada.

Hoje o salário inicial dos advogados da AGU é de R$ 17,3 mil. Pelo texto aprovado, os recém-contratados ganharão R$ 27,5 mil. É difícil imaginar uma profissão do setor privado que ofereça tanto dinheiro a quem está apenas iniciando a carreira.

Em um surto de responsabilidade, a Câmara barrou um segundo trem da alegria, que beneficiaria fiscais do trabalho, auditores da Receita e procuradores estaduais. Mesmo assim, as benesses aprovadas custarão mais R$ 2,4 bilhões ao Erário.

Ninguém é contra valorizar o servidor público, mas a mera discussão de aumentos tão elevados em meio à crise mostra que Brasília continua a se ver como uma ilha da fantasia. No Brasil real, milhões de trabalhadores sofrem com demissões, falências e reduções de salários.

O contribuinte que confia no STF para frear a farra com dinheiro público pode esperar sentado. Nesta quarta, os ministros da corte aprovaram a elevação dos próprios contracheques para R$ 39.293,28.

 

TIROTEIO (NA COLUNA painel)

"Não imagino um ex-presidente aceitando um cargo demissível. A não ser que Dilma queira montar um ministério de ex-presidentes, convidando também Collor, Sarney"...

DE MARCO AURÉLIO MELLO, ministro do STF, sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocupar uma vaga no ministério da presidente Dilma Rousseff.

B.O. Para Lula, o governo não pode ser refém da evolução da Lava Jato. "Não dá para esperar toda segunda-feira e ver se mais alguém foi preso", afirmou, para espanto geral.

Déjà vu O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) comparou a reação do PT aos atos que pedem a saída de Dilma Rousseff ao apelo de Collor, às vésperas do impeachment, para que a população saísse às ruas de verde e amarelo.

Eu não Em outra conversa, senadores petistas questionaram se Lula vai virar ministro. Ele disse que Dilma jamais falou com ele sobre isso.

Triplo twist... Ao ouvir queixas sobre a demora das nomeações para o segundo escalão, na terça-feira, Aloizio Mercadante (Casa Civil) elencou três tipos de problemas que travam o processo.

... carpado O ministro disse que os nomes dos indicados ficam parados nas mãos dos ministros, que há casos em que dois partidos disputam o mesmo cargo e muitas sugestões de pessoas com nome sujo.

Esgrima Ao ouvir a apresentação dos 28 itens da Agenda Brasil, na segunda-feira, Joaquim Levy (Fazenda) fez reparos a alguns deles. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) defendeu ponto a ponto.

Carochinha O apoio de Dilma à agenda não significa que vá encampar todas as propostas. "A agenda muda o foco da crise e reduz a altura do fogo. Era disso que precisávamos. Apoiar tudo é outra história", diz um auxiliar.

RSVP Vagner Freitas, presidente da CUT, disparou telefonemas a líderes sindicais pedindo que compareçam a ato de apoio ao governo nesta quinta. Garantiu que serão recebidos por Dilma.

 

ANÁLISE

Dilma e Lula e o oportunismo com os sem-terra

EDUARDO SCOLESE
EDITOR DE "COTIDIANO"

Tem sido assim nos últimos dez anos. Sempre que o governo federal petista passa por alguma enrascada política ou eleitoral, o jeito é apelar aos amigos sem-terra. Foi assim no auge da crise do mensalão (2005), no segundo turno da reeleição de Lula (2006), na eleição de Dilma (2010), na reeleição da presidente (2014) e, agora, no petrolão.

Essa prática, porém, esconde uma enorme e cada vez mais clara distância entre eles, além de um jogo de oportunismo de ambos os lados.

PT e MST sempre foram aliados. Lula, por exemplo, discursou no primeiro congresso nacional dos sem-terra, em 1985. Depois, como candidato a presidente em 1989, 1994 e 1998, usava o tema da reforma agrária radical e na base da "canetada" como uma de suas bandeiras de campanha.

Mas a relação entre eles começou a esfriar em 2002, com a chegada do "Lulinha, paz e amor" à campanha eleitoral. Aquele Lula que babava pra falar de desapropriação de terra não existia mais. Surgia um Lula pragmático, montado pelos marqueteiros para vencer as eleições. Nesse cenário, não cabia mais um Stedile ao lado dele na TV.

A eleição de Lula, de qualquer forma, provocou uma euforia nos acampamentos. Milhares de sem-terra armaram seus barracos à espera de uma terra prometida que nunca veio. Apesar do avanço ao crédito para pequenos agricultores e dos repasses financeiros (hoje cada vez menores) às cooperativas e associações ligadas aos movimentos, o ritmo da reforma agrária na era Lula foi aquém do que o MST esperava e despencou sob Dilma.

Em meio a crises políticas, nem Lula nem Dilma quiseram comprar briga com a forte bancada ruralista no Congresso. Fazer reforma agrária, na prática, exige comprar briga com o PMDB, o que nunca valeu a pena para os petistas.

Nesse meio tempo, os movimentos sem-terra enfraqueceram. Foram engolidos por programa sociais e o avanço da economia, e os acampamentos e a pressão desapareceram do mapa. Quem ficaria anos debaixo de um barraco de lona preta, à beira de uma estrada ou na porta de uma fazenda invadida, se em casa já tinha o Bolsa Família e o pai e a mãe recebiam um salário mínimo com a aposentadoria rural?

O fato é que Lula passou seu mandato enrolando os sem-terra, e eles se conformando com cafezinhos no Palácio do Planalto. O MST não tinha a reforma agrária que queria, mas se contentava com a não-repressão do governo federal. Um símbolo dessa relação esquisita ocorreu em 2009, quando os sem-terra invadiram o Ministério da Fazenda e, para que saíssem de lá, exigiram o agendamento de uma reunião com ministros do governo Lula. Mas não são aliados?

O oportunismo vale de novo nesta semana. Dilma e Lula precisam de uma plateia aliada para subir sem vaias no palanque, e os sem-terra e os pequenos agricultores se apegam a qualquer coisa para buscar migalhas de políticas públicas no campo. 

Fonte: Folha de S. Paulo

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