Dilma apela a Lula e Renan para evitar derrota em julgamento no TCU

Publicado em 03/08/2015 07:12

A presidente Dilma Rousseff decidiu recorrer a seu antecessor, o ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), para tentar reverter a tendência desfavorável ao governo no julgamento das contas de 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

O julgamento teve início em junho, quando o tribunal pediu explicações para várias irregularidades apontadas no balanço apresentado pela presidente para o último ano de seu primeiro mandato, e deve ser retomado neste mês. 
 
Tudo indica que o TCU recomendará a rejeição das contas ao Congresso, a quem caberá a palavra final sobre o assunto. A rejeição das contas do governo poderá abrir caminho para um processo de impeachment de Dilma. 
 
Com o fim do recesso parlamentar de julho, Dilma planeja falar nesta semana com Renan e o ex­presidente José Sarney (PMDB­AP), para pedir que atuem em favor do governo. O PMDB indicou três dos nove ministros do TCU: Bruno Dantas, Raimundo Carreiro e Vital do Rêgo.
 
A ofensiva conta com o apoio de Lula, que prometeu falar com os ministros José Múcio Monteiro, que fez parte do governo Lula, e Ana Arraes, mãe do exgovernador de Pernambuco Eduardo Campos (1965­2014), de quem Lula era bastante próximo.

Interlocutores do ex­presidente, porém, dizem que está difícil conquistar o voto de Ana Arraes, e que a conversa com Múcio ficou comprometida depois que a Folha revelou que Lula, num primeiro momento, incentivara o ministro a usar o julgamento para "dar um susto" em Dilma.

Diante dessas dificuldades, e com Renan demonstrando pouco apreço pelas demandas governistas, o Palácio do Planalto passou a trabalhar pela reaproximação com o presidente do Senado.

Renan é visto como um possível contraponto ao poder do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), que rompeu com o governo em julho. Os dois são investigados pela Operação Lava Jato, por suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras.  

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Fonte: Folha de S. Paulo

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