Na Folha: Dilma sinaliza interesse em se encontrar com Lula e FHC

Publicado em 24/07/2015 07:35

O Palácio do Planalto expressou apoio à iniciativa do ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva de buscar aproximação com seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso, e indicou que a presidente Dilma Rousseff também está disposta a participar de uma conversa com eles.

"Em todos os países democráticos é natural que ex-presidentes conversem e, muitas vezes, que sejam chamados pelos presidentes em exercício. Essa é uma prática comum nos Estados Unidos, por exemplo", afirmou o ministro Edinho Silva, chefe da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto.

"Vejo com bons olhos a possibilidade de diálogo entre Fernando Henrique e Lula, como vejo com naturalidade que o mesmo aconteça com a presidenta", concluiu.

Como a Folha revelou nesta quinta­-feira (23), Lula autorizou amigos em comum a procurar Fernando Henrique e propor uma conversa entre os dois sobre a crise política.

O objetivo imediato da aproximação seria buscar conciliadores que pudessem frear os líderes oposicionistas que defendem o impeachment de Dilma.

Além de FHC, Lula também procurou o senador tucano José Serra (SP). Além de Edinho, outros ministros petistas manifestaram apoio à aproximação com a oposição, adotando discurso conciliador e abandonando o receio de que uma discussão pública sobre o assunto possa prejudicar as tratativas.

O Instituto Lula, que na quinta­feira afirmou que o ex­presidente não tinha interesse em falar com Fernando Henrique, mudou de tom. Dizendo que expressava apenas uma opinião pessoal, o diretor do instituto, Paulo Okamotto, defendeu o diálogo.

"Minha opinião é que tanto o presidente Lula como o presidente Fernando Henrique são políticos importantes, com responsabilidades e capacidade de analisar o que o Brasil está enfrentando. Sempre fui a favor de que a gente converse com quem faz política."

AGENDA

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse que uma conversa entre Lula e FHC seria "benéfica". "O encontro de dois ex­presidentes teria uma agenda muito superior a essa [impeachment], que é conjuntural, sobre a briga da oposição com o governo", avaliou.

"Apesar da última campanha dura, não podemos deixar consolidar na alma brasileira, e na política brasileira uma dicotomia que não se conversa. Essas posições, governo e oposição, a gente troca. O que não pode perder é o norte do país", acrescentou. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S. Paulo

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