Na Veja: Grécia não apresenta proposta formal e frustra credores

Publicado em 07/07/2015 15:01

A Grécia não apresentou nesta terça-feira nenhuma proposta concreta para chegar a um acordo com os credores internacionais em reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, na Bélgica. Logo depois da vitória do "não" no referendo de domingo, lideranças europeias passaram a pressionar o governo grego a agir rápido e a propor medidas "concretas e críveis" para resolver a crise grega. A falta de um documento formalizando um novo pedido de ajuda financeira, no entanto, frustrou os parceiros europeus no encontro de hoje.

Após a reunião, o presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças dos países da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que aguarda "muito em breve" o envio das propostas. Mais cedo, ele havia dito que iria "fazer de tudo" para evitar a exclusão da Grécia da zona do euro, mas alertou que era necessário que a nova proposta do governo grego se assentasse sobre bases "críveis".

"Durante as últimas semanas e meses, o Eurogrupo foi muito cortês. Estamos preparados para fazer o que for necessário para reforçar a zona do euro e mantê-la unida", disse Dijsselbloem. Segundo ele, no entanto, não se pode admitir "um resultado que prejudique a credibilidade europeia".

Na chegada para a reunião, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, também advertiu que "sem um programa é difícil ajudar a Grécia dentro da zona do euro". "O 'grexit' (a saída da Grécia da zona do euro) não é nosso objetivo, mas se não houver um pacote de reformas crível não se pode exclui-lo", reforçou o vice-presidente da Comissão Europeia (CE) para o Euro, Valdis Dombrovskis.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que ainda não há base para reabrir as negociações com Atenas. "Não se trata de semanas, mas de poucos dias" para salvar a Grécia do colapso. Merkel havia deixado claro para Tsipras a importância de apresentar propostas convincentes, após Atenas rejeitar aumentos de impostos, cortes de gastos e reformas previdenciárias e trabalhistas que estavam sobre a mesa antes de seu pacote de resgate de 240 bilhões de euros expirar na semana passada.

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Fonte: Veja.com

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