Dilma não tem nem apoio popular nem político, afirma Caiado
Em discurso no plenário na tarde de hoje (1º/7), o líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), invocou a responsabilidade de todos os senadores diante do quadro de ingovernabilidade do País reiterado na pesquisa Ibope que mostrou que apenas 9% da população aprova o governo Dilma. Para o parlamentar, a Casa precisa exigir uma atitude imediata da presidente como a renúncia a convocação de novas eleições. Caiado afirmou que Dilma Rousseff não tem nem apoio popular, confirmado pelos números do Ibope, nem político a exemplo da votação unânime de ontem pelo reajuste dos servidores do Judiciário.
“Subi a tribuna para discutir um tema que considero o mais relevante atualmente. Como representantes das 27 unidades da federação não deveríamos discutir a situação de ingovernabilidade do País? O Ibope mostrou a maior rejeição a um presidente da República desde a redemocratização. De cada 100 brasileiros, apenas 9 confiam na presidente. Ela está com 68% de avaliação de ruim ou péssimo. Essa não é uma questão de oposição, é uma questão de discutirmos o Brasil. Nossa responsabilidade não é de nos preocuparmos com a figura da pessoa física da presidente, mas com a governabilidade e com o retorno do desenvolvimento do nosso país. Devemos exigir da presidente da República que tenha espírito público, que tenha um gesto acima dos seus interesses pessoais, que tenha a coragem de renunciar o posto que ocupa e convocar novas eleições”, declarou Caiado.
O senador avaliou que a própria base governista já reconhece que não há mais condições de fazer esforços para sustentar um governo não tem a confiança do povo brasileiro. “A base já que não tem condições para alavancar um governo que qualquer ação que propõe a reação do povo é sempre refratária porque está entremeada de corrupção, de denúncias a todo minuto chegando dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula ironizou dizendo que a crise era uma marolinha, mas o Palácio produziu um tsunami, já são nove milhões de desempregados, com prognóstico de taxas que podem beirar a 12, 13 milhões de desempregados e inflação galopante que cada vez mais consome a renda do trabalhador”, analisou o líder democrata.
Para o parlamentar, os senadores e senadoras devem se pronunciar sobre a situação crítica vivida pelo país, sobre as graves e contínuas denúncias que atingem o governo do PT e causaram a escalada de queda da popularidade de Dilma Rousseff. “Invoco a responsabilidade de cada um dos senadores para que, diante desse quadro, essa Casa comece a se pronunciar em relação às denúncias da pedaladas (fiscais), do caixa 2 que alimentou e oxigenou a campanha da presidente com desvios não só da Petrobras como de outros órgãos usados pelo governo como máquina de partido. O povo precisa voltar a acreditar na política e no governante que representa a figura do presidente”, concluiu.