Petrobras despenca 4% por suspeita de corrupção e puxa o Ibovespa; dólar sobe 1%
Publicado em 01/07/2015 16:43
SÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (1) puxado principalmente pelas ações da Petrobras, que recuam com notícias de escândalo de corrupção. Às 16h18 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa tinha queda de 0,73%, aos 52.693 pontos. Mais cedo, o ministro grego, Alexis Tsipras, pediu para que a população vote contra a austeridade no referendo de domingo.
A notícia foi contra as informações divulgadas pelo Financial Times pela manhã de que os gregos estariam próximos de aceitar o acordo que os credores internacionais ofereceram ao país no fim de semana. Por aqui tem peso as novas derrotas do ajuste fiscal e a pesquisa Ibope.
Enquanto isso, no mesmo horário, o dólar comercial tinha alta de 0,96%, a R$ 3,1377 na compra e a R$ 3,1388 na venda. O câmbio, que chegou a cair pela manhã, virou depois da divulgação do ADP Employment, o relatório que revela o número de postos de trabalho no setor privado nos EUA. Foram criados 237 mil novos empregos contra uma estimativa de 217,5 mil de pesquisa Bloomberg com 44 economistas. Um número maior do que o esperado aumenta a chance de uma elevação dos juros pelo Federal Reserve mais cedo.
Para o economista da Elite Corretora, Hersz Ferman, as notícias aqui no Brasil são negativas, com o governo perdendo as medidas do ajuste fiscal. Ontem, o Senado aprovou o reajuste de 78% entre 2015 e 2017 para os servidores do Judiciário. A medida elevará o gasto público em R$ 25 bilhões em quatro anos. Além disso, ainda foi aprovada a isenção do PIS/Cofins para o diesel, que pode custar R$ 13,8 bilhões por ano ao governo.
Assim, as notícias positivas ficavam do lado do cenário externo, mas este fica mais indefinido com Tsipras recomendando que o povo vote no "não" à austeridade. "Acho que isso vai contra o que estava sendo falado nas matérias hoje de manhã e explica um pouco da piora da Bolsa", explica.
Ainda no radar, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nesta manhã a pesquisa CNI-Ibope de junho sobre a avaliação dos brasileiros em relação ao governo Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, realizado entre os dias 18 e 21 de junho, a aprovação do governo oscilou de 19% em março para atuais 15%, no limite da margem de erro, de dois pontos para cima ou para baixo. Comportamento semelhante foi visto na avaliação ótimo/bom da presidente, que agora marca 9%, contra 68% de ruim/péssimo. Os que consideram a gestão regular agora somam 21%.
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Fonte:
www.infomoney.com.br