Financeiro: Bovespa cai nesta 5ª com tensão no exterior e dados de desemprego no Brasil
Mercado acompanha indefinições na crise grega. A reunião de ontem entre o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e os representantes das instituições credoras terminou sem acordo. Os representantes gregos se mantém firmes com suas propostas, que eram vistas como “boa base” para um acordo. Segundo o governo do país, as propostas formam um enfoque “totalmente realista para um acordo imediato”.
As instituições credoras fizeram algumas concessões nas exigências para um acordo, ampliando o prazo para eliminação do complemento de pagamento de aposentadorias, em 2 anos até 2019. Também acertaram que a reforma do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) pode ser revisado no final do ano que vem, “desde que receitas adicionais equivalentes sejam arrecadadas através de medidas adotadas contra evasão fiscal e para melhorar a arrecadação do IVA". Fontes da zona do euro disseram que a proposta das instituições é “o máximo que puderam se aproximar da Grécia”.
Os temores aumentam com a proximidade do vencimento da dívida de 1,6 bilhão de euros com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para terça feira (30). Caso um acordo não ocorra e a Grécia não consiga honrar seus compromissos, o país terá de abandonar o bloco. Agora os investidores aguardam uma nova rodada de negociações nesta quinta feira.
As bolsas asiáticas fecharam em queda no aguardo do resultado de novas reuniões entre a Grécia e seus credores.
Nos indicadores econômicos, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou nesta quinta, que o valor do número de pedidos de auxilio desemprego (pedido pela primeira vez) subiu para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 271.000 na semana passada, partindo de 268.000 na semana anterior, pouco abaixo do que os analistas esperavam que era um valor de 272.000 para a semana passada.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de desemprego que saltou de 6,4% em abril para 6,7% em maio, resultado acima do que o mercado esperava que era de 6,6%.
IBOVESPA - o índice opera em queda nesta quinta-feira com o noticiário internacional e aumento na taxa de desemprego no Brasil. Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou a emenda que reajusta todas as aposentadorias na proporção do salário mínimo, aumentando a tensão com clima no Congresso.
Outra notícia importante por aqui é que a arrecadação de impostos do Governo Federal caiu 4% em maio e atingiu o pior resultado em cinco anos para esse mês, colocando em dúvida o cumprimento da meta fiscal deste ano. De acordo com a Receita Federal a arrecadação somou R$ 91,5 bilhões no mês passado, abaixo do esperado e com queda real (descontada a inflação) de 4,03% sobre um ano antes. A cifra é a pior para maio desde 2010, quando somou 86,11 bilhões de reais. Analista de mercado esperavam arrecadação de R$ 94 bilhões no mês passado.
O dólar opera em alta em relação ao real. Em relação à cesta das principais moedas mundiais o dólar trabalha com alta, mas o ganho reduziu após os dados dos EUA.
PETROBRAS - as ações apresentavam leve baixa. No noticiário, a empresa estatal está conversando para quitar uma dívida no Rio de Janeiro de quase R$ 1 bilhão e deve pagar em moeda e em combustível para abastecer a frota do estado. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a operação de diversas unidades de processo e tanques na Refinaria Abreu e Lima. E segundo O Globo, a diretoria da Petrobras apresentará ao conselho de administração três propostas de corte de investimentos para o período de 2015 a 2019, de R$ 44,1 bilhões, R$ 66,2 bilhões e R$ 88,2 bilhões.
VALE - as ações da empresa recuam, na mesma direção do minério de ferro que fechou em queda de 0,54% no porto de Qingdao a US$ 62,19.
PREÇOS DE SOJA E MILHO NOS PORTOS
SOJA PARANAGUÁ R$ 73,00 (março/16)
SOJA PORTO RIO GRANDE R$ 71,70 (disponível)