Banco Central prevê inflação de 9% em 2015 e possível recessão

Publicado em 24/06/2015 08:46

O Banco Central admitiu nesta quarta-feira (24) que a inflação deve atingir 9% em 2015 e, com isso, estourar o teto do sistema de metas de inflação, e, também, que a economia brasileira deve "encolher" 1,1% neste ano - a maior contração em 25 anos. As informações foram divulgadas por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano.

Nos três primeiros meses de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) teve retração de 0,2% e dados da própria autoridade monetária indicam que o nível de atividade iniciou o segundo trimestre de 2015 em queda. Com isso, não pode ser descartada uma possível recessão técnica na economia brasileira – que se caracteriza por dois trimestres seguidos de recuo do nível da atividade econômica.

A previsão do Banco Central para o PIB de 2015, porém, ainda está melhor do que a dos economistas do mercado financeiro, cuja expectativa é de uma contração de 1,45% no PIB. Se confirmado, será o maior recuo desde 1990. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. Em 2013, a economia cresceu 2,5%.

"O processo de ajuste macroeconômico em curso na economia brasileira – necessário e essencial para a consolidação de fundamentos que favoreçam a convergência da inflação para a meta no final de 2016 – associado a efeitos de eventos não econômicos têm impactado negativamente o dinamismo da atividade no curto prazo", avaliou o Banco Central.

De acordo com a autoridade monetária, no médio prazo, os impactos das mudanças no ambiente macroeconômico advindas com os ajustes em curso contribuem para a recuperação da confiança de empresas e famílias, com reflexos na evolução do consumo e do investimento. "Esse fator, associado ao maior crescimento global – perspectiva que gradualmente se consolida – tende a conferir maior dinamismo à atividade doméstica", acrescentou.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Fonte: G1

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