Boletim Focus: PIB da Agropecuária deve subir 2,46% em 2015 e o do Brasil recuar 1,45%

Publicado em 22/06/2015 08:46

Nesta segunda-feira (22), foram divulgadas as estimativas para a economia e o mercado brasileiros e, novamente, a retração da economia do país foi revisada para cima e ficou em 1,45% no Boletim Focus. Ao mesmo tempo, porém, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) subiu para 2,46%. Há um mês, esse indicativo era de 1,5%. 

Segundo explicou o economista Roberto Troster, as expectativas para o setor agrícola seguem bastante positivas e os números concluem que essa ainda é a força matriz da economia brasileira. Para 2016, esper-se um crescimento do PIB da agropecuária de 2,5%, enquanto o índice total deve subir apenas 0,70%. 

"Há alguns fatores que contribuem para esse resultado. O tempo melhor do que o esperado para a agricultura, a estabilidade da desvalorização das commodities no cenário internacional e as expectativas de um dólar mais alto no ano que vem são alguns deles", explica Troster. "O dólar vai continuar volátil por muito tempo, mas em um patamar mais alto, e isso ajuda o setor agrícola. Então, na média, vamos crescer quatro pontos percentuais mais do que o resto da economia", completa. 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Roberto Troster:

>> Boletim Focus traz redução do PIB brasileiro em 1,45% e aumento do PIB da Agropecuária em 2,5% para 2015

No G1 - Boletim Focus: Mercado sobe estimativa de inflação de 2015 pela 10ª semana seguida

As estimativas do mercado financeiro para a inflação e para o nível da atividade brasileira neste ano voltaram a piorar, segundo pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira (22).

Segundo a autoridade monetária, a previsão dos economistas dos bancos para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do pais, subiu de 8,79% para 8,97%. Foi a décima semana seguida de elevação deste indicador. Para 2016, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu estável em 5,5%.

O novo aumento na estimativa do mercado para a inflação deste ano acontece após a divulgação do IPCA de maio. Neste mês, o IBGE informou que a inflação somou 0,74% em maio, maior taxa para o mês desde 2008, e que acumula 5,34% nos cinco primeiros meses deste ano e 8,47% nos últimos doze meses – a maior taxa para esta comparação desde dezembro de 2003.

Se confirmada a estimativa do mercado financeiro para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação financeira em maio, está em 8,26%.

Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

Produto Interno Bruto

Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,45%. Foi a quinta queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,35%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado baixou sua previsão de alta do PIB de 0,9% para 0,7%.

No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Fonte: G1

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