Ibovespa cai puxado por bancos, Vale e siderúrgicas em dia de temor com default grego

Publicado em 17/06/2015 13:09

SÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (17) em dia de decisão de juros do Fomc (Federal Open Market Comittee). O principal índice da Bovespa reflete o temor de default da Grécia, que também pesa nas bolsas europeias. Por aqui fica a expectativa para o veto ou sanção da presidente Dilma Rousseff (PT) para as mudanças no fator previdenciário que foram aprovadas no Congresso. Além disso, o TCU decide hoje se aprova ou reprova as contas do governo.
 
Às 10h36 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira tinha perdas de 0,70%, a 53.324 pontos. Ao mesmo tempo, o dólar comercial subia 0,22%, a R$ 3,1015 na compra e a R$ 3,1020 na venda. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 sobe 4 pontos base, para 14% ao ano, ao passo que o DI para janeiro de 2020 sobe 1 p.b. para 12,97%.
 
Grécia e Fomc dividem investidores 
 
O cenário externo continua motivo de temor depois do primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, repetir nesta quarta-feira sua recusa em aceitar mais cortes de aposentadorias e afirmar que quer uma solução "honrável" para as discussões sobre um acordo de reformas em troca de ajuda. Tsipras afirmou ainda que está pronto para aceitar os custos políticos de fazer isso. Se nenhuma solução for possível, ele dirá não a exigências "catastróficas" dos credores, afirmou Tsipras.
 
O banco central da Grécia fez um alerta nesta quarta-feira de que o país pode entrar em um "curso doloroso" na direção do default e da saída da zona do euro se o governo e seus credores internacionais não alcançarem um acordo sobre ajuda em troca de reformas. Também disse que a desaceleração econômica do país deve se ampliar no segundo trimestre deste ano, e que a crise levou a saques de cerca de 30 bilhões de euros de bancos gregos entre outubro e abril.
 
Ainda no radar internacional, mais do que a decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA, o que o mercado realmente espera são os comentários da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. A chairwoman do BC da maior economia do mundo pode trazer em seu discurso indicações mais claras acerca de quando serão elevados os juros por lá. Investidores esperam que as sinalizações sejam de uma alta de juros mais lenta devido aos últimos indicadores econômicos que saíram nos EUA.
 
Do outro lado do mundo, a China vai intensificar os "investimentos efetivos" em setores importantes para sustentar a economia, afirmou nesta quarta-feira o gabinete do governo. O governo irá aumentar o investimento para transformar favelas e casas dilapidadas, ampliar os investimentos em infraestrutura de eletricidade rural e instalações de armazenamento de grãos, informou o Conselho Estatal após uma reunião ordinária.
 
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