Plano Safra 15/16 não será menor que anterior, diz ministro; juro deve subir

Publicado em 02/06/2015 07:34

SÃO PAULO (Reuters) - O Plano Safra 2015/16, a ser anunciado na terça-feira pela presidente Dilma Rousseff, deverá ao menos igualar os recursos do plano anterior, quando o governo anunciou 156,1 bilhões de reais em recursos para financiamentos da agricultura empresarial, segundo uma autoridade próxima da Presidência da República.

"Olha, não posso te dizer, mas tenho certeza que menor (que 2014/15) não será", disse o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, a jornalistas, após ter sido questionado nesta segunda-feira se o total de crédito seria maior do que no ano passado.

Edinho disse ainda, após reunião de coordenação no Palácio do Planalto, que o plano atenderá as expectativas do setor.

"O empenho do governo é para que a gente tenha todas as condições criadas para que a agricultura brasileira, para que a agroindústria possa ter um bom desempenho, puxar economicamente toda a cadeia produtiva", declarou.

Com relação à taxa média de juros do plano, a própria ministra da Agricultura, Kátia Abreu, já indicou que haverá um aumento, num momento em que a taxa básica de juros (Selic) e a inflação estão em níveis elevados.

Procurado nesta segunda-feira, o Ministério da Agricultura não divulgou informações sobre o assunto.

O Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião realizada na quinta-feira, aprovou as taxas de juros do Plano Safra para 2015/2016, mas os índices não foram divulgados.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades ligadas ao agronegócio defenderam que as taxas de juros agrícolas fossem mantidas.

Mas, segundo informação da CNA, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou a integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que os juros agrícolas ficarão acima da inflação --considerando o IPCA dos últimos 12 meses de 8,26 por cento--, mas abaixo da taxa Selic.

No ano anterior, a taxa média foi de 6,5 por cento ao ano.

(Por Roberto Samora e Eduardo Simões)

Fonte: Reuters

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