Da Infomoney: Ibovespa volta a cair forte com derrocada da Vale e "temor" do PIB; dólar sobe1%

Publicado em 28/05/2015 14:28
 
SÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (28) puxado por fortes quedas de blue chips, principalmente Vale e bancos. Lá fora, as bolsas caem com preocupações acerca de possíveis medidas do governo da China contra o rali da bolsa no país, além de tensões nas negociações na Grécia e fala de John Williams do Federal Reserve de San Francisco de que os Estados Unidos devem elevar os juros ainda este ano. 
 
Às 13h30 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira caía 1,19%, a 53.591 pontos, enquanto o dólar comercial subia 1,13%, a R$ 3,1799 na compra e a R$ 3,1807. 
 
Hoje houve a aprovação da Medida Provisória 664, mais uma do ajuste fiscal. A mudança no Fator Previdenciário que veio com ela preocupa o ministro Joaquim Levy e deve ser vetada pela presidente Dilma Rousseff (PT). Depois da 664, senadores devem votar hoje a MP 668, que trata do aumento das alíquotas de PIS/Cofins para importações.
 
 Antes disso, contudo, será divulgado o resultado primário do Governo Central, que deve mostrar superávit de R$ 11,3 bilhões, resultado maior que os R$ 1,5 bilhões de março, mas pior do que os R$ 16,6 bilhões de abril de 2014, de acordo com pesquisa da Bloomberg.
 Para o analista da Spinelli, Elad Revi, o movimento do Ibovespa hoje tem a ver com o mau humor no exterior, mas também é influenciado pelas expectativas em relação ao desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do primeiro trimestre de 2015 que será divulgado amanhã. Segundo ele, há preocupações de que o número venha ruim que se somam às incertezas com relação aos efeitos futuros das medidas de ajuste fiscal. "Esta foi uma semana boa para o ajuste com a aprovação das medidas, mas não sabemos quanto tempo vai levar para elas surtirem efeito", explica. 
 
Uma retração muito forte na economia pode afetar o ajuste fiscal na medida em que reduz a arrecadação e deve provocar um aumento do desemprego, que levará a um aumento do número de pedidos de seguro-desemprego justo no momento em que o governo tenta cortar esta despesa. 
 
Ainda no quadro político, segundo informações do jornal Valor Econômico de hoje, dirigentes petistas teriam dito que se Dilma tiver que decidir entre o Levy e o Nelson, "sem dúvida, sai o Nelson". A informação reduz um pouco da pressão do cenário político com rumores de discórdia entre Levy e a presidente.


 

 

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