Notícias da China: Grandes acordos são esperados em visita de premiê chinês à América do Sul
PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, visitará o Brasil e mais três países da América do Sul na próxima semana, informou nesta segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores, marcando presença em uma parte do mundo onde a China tem profundos laços empresariais, mas tradicionalmente apenas limitada influência política.
Li viajará para Brasil, Colômbia, Peru e Chile entre 18 e 26 de maio, disse o ministério, sem dar mais detalhes.
Visitas de líderes chineses são tipicamente acompanhadas de grandes acordos, especialmente em países ricos em recursos naturais.
A China, segunda maior economia do mundo, está comprando petróleo da Venezuela, cobre do Peru e do Chile, e soja da Argentina e do Brasil, por exemplo.
Em troca, a China tem investido bilhões de dólares na região.
Em janeiro, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu 250 bilhões de dólares em investimentos na América Latina ao longo dos próximos 10 anos como parte de uma investida para elevar a influência da China na região.
China corta taxa de juros pela 3ª vez em 6 meses
Por Michael Martina e Judy Hua
PEQUIM (Reuters) - A China cortou as taxas de juros pela terceira vez em seis meses neste domingo em uma tentativa de reduzir os custos de empréstimo das empresas e alimentar uma economia que deve ter seu pior ano em 25 anos.
O banco central da China informou em seu site que reduziu sua taxa de empréstimo referencial de um ano em 0,25 ponto percentual, para 5,1 por cento, a partir de 11 de março. Também cortou a taxa de depósito referencial em 0,25 ponto, para 2,25 por cento.
"A economia da China ainda está enfrentando pressão para baixo relativamente grande", disse o banco central em comunicado separado.
"Ao mesmo tempo, o nível geral de preços domésticos permanece baixo, e as taxas de juros ainda estão mais altas do que a média histórica", completou.
A decisão deste domingo aconteceu poucos dias após a divulgação de dados mais fracos do que o esperado para abril de comércio e inflação, destacando que a segunda maior economia do mundo está sob pressão persistente da fraqueza da demanda tanto interna quanto externa.
Economistas já haviam dito que não era uma questão de se, mas quando a China afrouxaria a política monetária de novo após o crescimento econômico no primeiro trimestre ter desacelerado para 7 por cento, nível que não era visto desde o ápice da crise financeira global de 2008/09.
China tem inflação de 1,5% em abril e preços ao produtor caem pelo 37º mês consecutivo
Por Koh Gui Qing
PEQUIM (Reuters) - A inflação anual ao consumidor da China subiu para 1,5 por cento em abril e os preços ao produtor caíram pelo 37º mês consecutivo, em 4,6 por cento, aumentando as preocupações sobre as crescentes pressões deflacionárias que devem desencadear uma flexibilização maior da política econômica.
A inflação anual foi de 1,5 por cento em abril, informou o departamento nacional de estatísticas no sábado, contra 1,4 por cento em março, mas abaixo do 1,6 por cento previsto por analistas.
Um salto sazonal nos preços dos alimentos à parte, alguns economistas disseram que os números apontam para pressões moderadas nos preços e demanda doméstica fraca na segunda maior economia do mundo.
"Os preços ao consumidor mantiveram-se lentos em abril e o risco de deflação ainda perdura", afirmaram os analistas da Haitong Securities em nota. "Há uma necessidade de cortar as taxas de juros novamente."
Preocupado com a economia da China, cujo crescimento arrefeceu para 7 por cento nos primeiros três meses deste ano, o banco central cortou as taxas de juros e afrouxou reservas dos bancos quatro vezes em seis meses.
O banco central reconheceu os desafios de crescimento na sexta-feira, quando disse que a China não vai adotar uma política monetária apertada demais nem frouxa demais para ajudar a sustentar a economia, que enfrenta obstáculos e um cenário benigno de inflação.