Focus: Mercado aumenta previsão de inflação, baixa de PIB e vê mais juros

Publicado em 04/05/2015 09:14

As previsões para a economia brasileira voltaram a piorar na semana passada: os economistas do mercado financeiro aumentaram sua estimativa para o comportamento da inflação neste ano, ao mesmo tempo que vêem um "encolhimento" ainda maior da economia brasileira em 2015 e estimaram uma alta maior da taxa básica de juros – fixada pelo Banco Central.

As previsões foram feitas na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (4) pela autoridade monetária, que realizou pesquisa com mais de 100 bancos.

A expectativa dos economistas dos é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 8,26% neste ano – na semana anterior, a taxa esperada era de 8,25% para 2015. Para 2016, a previsão dos economistas para o IPCA ficou estável em 5,6%.

Se confirmada, a previsão do mercado para a inflação de 2015 (de 8,26%) atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada recentemente por meio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, está em 8,2%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.

Leia a notícia na íntegra no site do G1, em Brasília

Na Reuters: Economistas elevam projeção para Selic em 2015 a 13,50%

(Por Camila Moreira)

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver maior aperto monetário neste ano depois de o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros Selic para 13,25 por cento na semana passada, mesmo em um cenário de atividade econômica cada vez mais em deterioração.

Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira aponta que a expectativa para a Selic agora é de que termine 2015 a 13,50 por cento, ante 13,25 anteriormente, na primeira elevação após quatro semanas sem alterações.

Os especialistas consultados mantiveram a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada novamente em junho em 0,25 ponto, a 13,50 por cento, mas deixaram de ver que ela sofreria um corte na mesma proporção em novembro, como viam até a semana anterior.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu na semana passada manter o ritmo de aperto monetário e elevar a taxa básica em 0,50 ponto percentual, mantendo em aberto os próximos passos. Os especialistas aguardam agora a divulgação da ata da reunião na quinta-feira para calibrar suas projeções.

Com essa alteração, a perspectiva se alinha ao do Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, que há três semanas vê a Selic a 13,50 por cento no final de 2015.

Para 2016, permaneceu inalterada a expectativa dos especialistas consultados de que a Selic encerrará o ano em 11,50 por cento, bem como a do Top-5 de que a taxa ficará em 12,00 por cento.

A perspectiva de aperto monetário maior ocorre apesar da piora na perspectiva para a atividade econômica. A pesquisa Focus aponta agora contração de 1,18 por cento do Produto Interno Bruto em 2015, ante queda 1,10 por cento prevista na semana anterior. Para 2016 a previsão de crescimento foi mantida em 1,00 por cento.

Já em relação à inflação os economistas consultados ajustaram a perspectiva para a alta do IPCA a 8,26 por cento no final deste ano, 0,01 ponto percentual a mais do que na pesquisa anterior, com os preços administrados a 13,05 por cento, 0,05 ponto a menos.

Para o ano que vem, a projeção para a inflação é de 5,60 por cento, sem alterações, com os administrados a 5,76 por cento, ante 5,71 por cento antes.

Fonte: G1, em Brasília+Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Principais líderes democratas do Congresso apoiam Kamala como candidata à Presidência
Índice de ações STOXX 600 tem alta leve na Europa com impulso de papéis de tecnologia
Biden falará à nação na noite de quarta-feira sobre corrida presidencial dos EUA
Wall St tem leve alta com foco em resultados de gigantes da tecnologia
Biden continua intensamente focado no trabalho que resta, diz Blinken
Wall St abre com pouca movimentação, foco recai sobre balanços do setor de tecnologia