Na Veja: Em um ano, 280.000 brasileiros passam a fazer parte da lista dos desempregados
O número de desempregados no Brasil subiu 23,1% em março deste ano em relação ao mesmo mês de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. O porcentual corresponde a 280.000 pessoas que perderam o emprego ou estão a procura de trabalho no período. A taxa de desocupação ficou em 6,2%. É o mesmo índice de março de 2012 e o maior desde maio de 2011, quando chegou a 6,4%. Desde junho de 2013 a taxa não ultrapassava a marca dos 6%.
A Pesquisa Mensal de Emprego leva em conta os moradores das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre. Segundo o estudo, há cerca de 1,5 milhão de desocupados ante 22,8 milhões de empregados nas seis regiões avaliadas. Em relação a fevereiro, não houve grande oscilação no índice do desemprego - de 5,9% para 6,2%. Já o rendimento médio dos trabalhadores caiu 2,8% - de 2.196,76 reais em fevereiro para 2.134,60 reais em março. Em relação a 2014, a queda foi de 3%.
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Na Reuters: Desemprego sobe a 6,2% em março, maior nível em 3 anos
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O desemprego brasileiro subiu pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 6,2 por cento em março, maior nível em três anos, diante do recorrente crescimento da procura por trabalho e demissões, com piora da renda ao mesmo tempo.
O resultado da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de 6,15 por cento.
A taxa de desemprego do mês passado iguala a que foi registrada em março de 2012, e mostra maior esgotamento do mercado de trabalho após alcançar 5,9 por cento em fevereiro e 5,3 por cento em janeiro. Em março do ano passado, a taxa havia sido de 5,0 por cento.
O cenário de maior procura por trabalho e menor criação de vagas ou demissões vem se repetindo desde o início do ano, em consonância com a deterioração da economia do país, refletindo as perspectivas de contração da atividade, em meio ao aperto monetário, esforços de ajuste fiscal e inflação alta.
Em março, segundo a PME, a população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade, subiu 5,3 por cento na comparação mensal e avançou 23,1 por cento sobre o ano anterior, chegando a 1,494 milhão de pessoas.
Já o corte de vagas no período ficou evidente na redução da população ocupada de 0,2 por cento sobre fevereiro e na queda de 0,9 por cento ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 22,727 milhões de pessoas.
Somente o comércio, setor que nos últimos meses também passou a sofrer com a fraqueza econômica, registrou queda de 1,9 por cento no número de vagas na comparação com fevereiro, ou 83 mil vagas a menos. Mas ainda teve saldo positivo, de 24 mil postos, na base anual.
Já a indústria, que padece há tempos com as dificuldades enfrentadas pelo país, embora tenha mostrado alta de 0,6 por cento no número de vagas na comparação mensal, teve perda de 6,3 por cento em comparação com março do ano passado, o que significa corte de 232 mil postos de trabalho.
O IBGE informou também que a renda média real perdeu 2,8 por cento ante fevereiro e recuou 3,0 por cento sobre um ano antes, a 2.134,60 reais.
Os números do IBGE vão de encontro aos dados do Ministério do Trabalho, que haviam mostrado um alívio no mercado de trabalho em março com a abertura de 19.282 vagas formais, interrompendo três meses seguidos de declínio.
No trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que tem abrangência nacional e cujo objetivo é substituir a PME, a taxa de desemprego do país havia subido a 7,4 por cento.