VEJA traz delação de empreiteiro que envolve Lula na corrupção do Petrolão

Publicado em 25/04/2015 08:08
no blog de Augusto Nunes

No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, revelações do empreiteiro amigo empurram Lula para o pântano do Petrolão

Neste sábado, os leitores de VEJA saberão que o empreiteiro Leo Pinheiro, transferido da presidência da OAS para uma cadeia em Curitiba, fez revelações suficientes para tirar de vez o sono de Lula e estender por prazo indeterminado o sumiço do palanque ambulante. Como ainda não assinou um acordo de delação premiada, o empresário encarcerado talvez até se desminta em outro depoimento, para socorrer o chefe e amigo. É uma opção de alto risco: essa demonstração de fidelidade lhe custará alguns anos de prisão em regime fechado.

Seja qual for o caminho escolhido, o que Pinheiro já disse (e detalhou em copiosas anotações manuscritas) basta para incorporar ao elenco do Petrolão o protagonista que faltava. No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, as relações promíscuas entre o manda-chuva da OAS e o reizinho do Brasil serão escancaradas nas oito páginas da reportagem de capa. Entre tantas histórias muito mal contadas, a dupla esbanja afinação especialmente em três, valorizadas pela participação de coadjuvantes que valorizam qualquer peça político-policial.

Num episódio, o ex-presidente induz Pinheiro a presenteá-lo com a reforma do sítio que, embora Lula o chame de seu, pertence oficialmente a um sócio do filho Lulinha. Noutro, um emissário do pedinte vocacional incumbe o empreiteiro de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a ex-segunda-dama que ameaçava vingar-se do abandono com a abertura de uma assustadora caixa-preta. Mais além, o comandante da OAS cuida de desmatar o atalho que levou Lula a virar dono de um triplex no Guarujá.

A participação do ex-presidente no naufrágio da Petrobras ainda não entrou na mira da Polícia Federal. O inventor do Brasil Maravilha está a um passo do pântano sem que tenha começado a devassa das catacumbas malcheirosas que ocultam a farra das refinarias inúteis e a montagem da diretoria infestada de ineptos e corruptos, fora o resto. Pode estar aí a explicação para o estranho vídeo em que celebra as vantagens de um bom preparo físico. Vai precisar disso quando tiver de sair em desabalada carreira.

Ouça a discurseira espantosa, veja as imagens assustadoras e decida: o verdadeiro Lula está no vídeo ou nas fotos?

Não falei que era para Lula correr?

O fim de semana será divertido.

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Corra, Lula, corra! Lava Jato vem aí

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

Léo Pinheiro entrega Lula. Saiba três revelações da matéria de capa da VEJA

Três pedaços da bomba atômica de VEJA deste fim de semana já vazaram.

Saboreie como entrada:

1) Induzido por Lula, o empreiteiro Léo Pinheiro, presidente da OAS, mandou reformar o sítio que está em nome de um sócio do filho Lulinha, mas que Lula diz ser seu.

2) Léo Pinheiro recebeu de um emissário de Lula a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a amante de Lula que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas do petista após ser abandonada.

3) Léo Pinheiro conta como Lula virou dono do tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), em uma das oito obras assumidas pela OAS depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por João Vaccari Neto.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

AS BOMBÁSTICAS REVELAÇÕES DA REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA': OS FAVORES DO EMPREITEIRO. O DESLUMBRANTE SÍTIO DE LULA EM ATIBAIA. O DINHEIRO VINHA NUM ENVELOPÃO.

 
Segundo Léo Pinheiro, Lula pediu a ele que cuidasse da reforma do “seu” sítio em Atibaia. A propriedade [foto acima] está registrada em nome de um sócio de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente (Foto: Jefferson Coppola/VEJA) -Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
O texto que segue é parte do conteúdo da reportagem-bomba de Veja que já comentei aqui no blog em post mais abaixo. Leiam este aperitivo da reportagem. É de estarrecer.
O engenheiro Léo Pinheiro cumpre uma rotina de preso da Operação Lava-Jato que, por suas condições de saúde, é mais dura do que a dos demais empreiteiros em situação semelhante. Preso há seis meses por envolvimento no esquema do petrolão, o e­­x-presidente da OAS, uma das maiores construtoras do país, obedece às severas regras impostas aos detentos do Complexo Médico-Penal na região metropolitana de Curitiba. Usa o uniforme de preso, duas peças de algodão a­­zul-claras. Tem direito a uma hora de banho de sol por dia, come "quentinhas" na própria cela e usa o banheiro coletivo. Na cela, divide com outros presos o "boi", vaso sanitário rente ao piso e sem divisórias. Dez quilos mais magro, Pinheiro tem passado os últimos dias escrevendo. Um de seus hábitos conhecidos é redigir pequenas resenhas e anexá-las a cada livro lido. As anotações feitas na cela são muito mais realistas e impactantes do que as literárias. Léo Pinheiro passa os dias montando a estrutura do que pode vir a ser seu depoimento de delação premiada à Justiça. Pinheiro foi durante toda a década que passou o responsável pelas relações institucionais da OAS com as principais autoridades de Brasília. Um dos capítulos mais interessantes de seu relato trata justamente de uma relação muito especial - a amizade que o unia ao e­­x-presidente Lula.
UM CONSELHEIRO DE LULA
De todos os empresários presos na Operação Lava-Jato, Léo Pinheiro é o único que se define como simpatizante do PT. O empreiteiro conheceu Lula ainda nos tempos de sindicalismo, contribuiu para suas primeiras campanhas e tornou-se um de seus mais íntimos amigos no poder. Culto, carismático e apreciador de boas bebidas, ele integrava um restrito grupo de pessoas que tinham acesso irrestrito ao Palácio do Planalto e ao Palácio da Alvorada. Era levado ao "chefe", como ele se referia a Lula, sempre que desejava. Não passava mais do que duas semanas sem manter contato com o presidente. Eles falavam sobre economia, futebol, pescaria e os rumos do país. Com o tempo, essa relação evoluiu para o patamar da extrema confiança - a ponto de Lula, ainda exercendo a Presidência e depois de deixá-la, recorrer ao amigo para se aconselhar sobre a melhor maneira de enfrentar determinados problemas pessoais. Como é da natureza do capitalismo de estado brasileiro, as relações amigáveis são ancoradas em interesses mútuos. Pinheiro se orgulhava de jamais dizer não aos pedidos de Lula.
Léo Pinheiro: do trânsito livre ao Palácio do Planalto ao banheiro coletivo na prisão (Foto: Beto Barata/VEJA)
O NABABESCO SÍTIO DE LULA
Desde que deixou o governo, Lula costuma passar os fins de semana em um amplo sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel é equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e um lago artificial para pescaria, o esporte preferido do ex-presidente. Desde que deixou o cargo, é lá que ele recebe os amigos e os políticos mais próximos. Em 2010, meses antes de terminar o mandato, Lula fez um daqueles pedidos a que Pinheiro tinha prazer em atender. Encomendou ao amigo da construtora uma reforma no sítio. Segundo conta um interlocutor que visitou Pinheiro na cadeia, esse pedido está cuidadosamente anotado nas memórias do cárcere que Pinheiro escreve.
Na semana passada, a reportagem de VEJA foi a Atibaia, região de belas montanhas entrecortadas por riachos e vegetação prístina. Fica ali o Sítio Santa Bárbara, cuja reforma chamou a atenção dos moradores. Era começo de 2011 e a intensa atividade nos 150 000 metros quadrados do sítio mudou a rotina da vizinhança. Originalmente, no Sítio Santa Bárbara havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. As estradas lamacentas do sítio receberam calçamento de pedra e grama. Um campo de futebol surgiu entre as árvores. O antigo lago deu lugar a dois tanques de peixes contidos por pedras nativas da região e interligados por uma cascata. Ali boiam pedalinhos em formato de cisne. A área passou a ser protegida por grandes cercas vigiadas por câmeras de segurança, canil e guardas armados.
"TRAZIAM DINHEIRO NUM ENVELOPÃO..."
O que mais chamou atenção, além da rapidez dos trabalhos, é que tudo foi feito fora dos padrões convencionais. A reforma durou pouco mais de três meses. Alguns funcionários da obra chegavam de ônibus, ficavam em alojamentos separados e eram proibidos de falar com os operários contratados informalmente na região e orientados a não fazer perguntas. Os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana. Eram pagos em dinheiro. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2 000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", diz Cláudio Santos. "Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. Eu pedi 6 reais o metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Era 20 000 por vez. Traziam o envelopão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", conta o caminhoneiro Dário de Jesus. Quem fazia os pagamentos? "Só sei que era um engenheiro que esteve na obra do Itaquerão. Vi a foto dele no jornal", recorda-se Dário. Do site da revista Veja
 
Para ler a continuação dessa reportagem imperdível compre a edição desta semana de VEJA no tabletno iPhone ou a revista impressa nas bancas.

Amante de Lula ameaçou contar tudo. Léo Pinheiro “precisou” ajudá-la

Além da reforma do sítio de Lula e da conclusão de seu triplex à beira-mar, Léo Pinheiro, da OAS, anotou na prisão um terceiro favor concedido ao petista, segundo a VEJA deste fim de semana: calar sua amante, Rosemary Noronha, que ameçou revelar os esquemas quando se sentiu abandonada. “A gente precisa ajudar o Lula nisso”, ouviu Pinheiro de um interlocutor.

O que aconteceu então?

“Logo, João Batista de Oliveira, marido de Rosemary, conseguiu um bom emprego.”

Mais:

“A ex-secretária teve à disposição uma banca de 38 advogados para defendê-la na Justiça”, depois que a Polícia Federal desmantelou a quadrilha que vendia facilidades no governo, aproximando autoridades de empresários em troca de propinas. Rosemary, que chefiava o escritório da Presidência da República em São Paulo e era incluída na comitiva presidencial em viagens internacionais quando a primeira-dama não podia ir, estava no topo da organização.

Lula é mesmo ser generoso com mulheres que ameaçam caguetá-lo.

Pergunte à esposa de Renato Duque.

Capa de 2012 da VEJA é reforçada pela VEJA de hoje

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

O triplex de Lula é triplamente imoral

No topo do Solaris, o triplex de Lula

Lula é dono de um tríplex no edifício Solaris, na praia do Guarujá (SP), com 297 metros quadrados, elevador interno, cobertura com piscina e sauna.

João Vaccari Neto, tesoureiro do PT preso pela Operação Lava Jato por envolvimento no petrolão, também tem um apartamento no edifício.

O Solaris foi uma das oito obras assumidas pela OAS depois da quebra da Cooperativa dos Bancários (Bancoop), entidade ligada ao PT que deu o golpe em 3000 mutuários em São Paulo, em 2006, quando era presidida por Vaccari.

Léo Pinheiro, o ex-presidente da OAS cujas anotações na prisão VEJA traz a público neste fim de semana, conta que a empreiteira incorporou prédios inacabados a pedido do então presidente Lula.

“Como é da natureza do capitalismo de estado brasileiro, as relações amigáveis são ancoradas em interesses mútuos”, diz a revista. “Pinheiro se orgulhava de jamais dizer não aos pedidos de Lula.”

VEJA então questiona:

“Por que o Solaris foi concluído, enquanto centenas de outros lesados pela Bancoop esperam em vão pela construção das unidades que compraram?”

A própria revista responde:

“Bem, o fato de Lula e Vaccari terem apartamentos no luxuoso Solaris explica as prioridades da OAS. Aos amigos, tudo.”

A Érico Oliveira, por exemplo, que não era amigo de Lula nem de Léo Pinheiro, nada.

Reproduzo abaixo um trecho da mensagem que recebi dele no dia da prisão da Vaccari:

“Hoje é um dos dias mais felizes de minha vida!!!!! Sou uma das milhares de vítimas da Bancoop, fundada pelo PT através do Sindicato dos Bancários e presidida por esse senhor por muito tempo.

Há 10 anos luto na justiça para ter a escritura de um imóvel que já paguei. Mas posso até me considerar um cara de sorte, já que mais de 3000 famílias não têm onde morar apesar de terem pago tudo o que deviam.

A Bancoop não terminou as obras, tentou cobrar sobrepreços ilegais e acabou por transferir para a OAS grande parte delas. Por que a OAS? O que a OAS ganhou como contrapartida?”

Ganhou a boa vontade do “chefe”, como Léo Pinheiro se referia a Lula, o maior abridor de portas nos esquemas do PT.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

A cascata de Lula

A Casa da Dinda era a casa de campo de Fernando Collor de Mello.

A reforma dos jardins teria custado US$ 2,5 milhões, pagos pelo esquema PC Farias.

A matéria da VEJA de 09/09/1992, “As Floridas Cachoeiras da Corrupção, informava o povo brasileiro sobre o suntuoso jardim de marajá que Collor havia construído para si mesmo, com suas “cascatas e fontes luminosas”, como escreveria anos depois Carlos Heitor Cony.

A reforma da casa de campo de Lula, paga pela OAS, também tem cascata.

Diz a VEJA deste fim de semana:

“A piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. As estradas lamacentas do sítio receberam calçamento de pedra e grama. Um campo de futebol surgiu entre as árvores. O antigo lago deu lugar a dois tanques de peixes contidos por pedras nativas da região e interligados por uma cascata”.

De todas as cascatas de Lula, esta é a que mais bem o interliga à corrupção que ele fingiu combater.

A casa do dindo Lula: o rei das cascatas

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

Vinguem-se de Lula, rapazes

Ricardo Pessoa e Léo Pinheiro

Um dos assessores de Léo Pinheiro, da OAS, disse à VEJA:

“A única coisa que impediu o Léo até agora de colaborar com a Justiça é a perspectiva de sua libertação, que alguns advogados asseguram que vai ocorrer em breve”.

É a mesma situação de Ricardo Pessoa, da UTC, que também mandou recados bombásticos por meio da revista.

VEJA expõe o “interessante dilema” de ambos os presos, que notadamente contam com a impunidade promovida pela Justiça brasileira e enfrentada com coragem pelo juiz Sergio Moro:

1) “Se propuserem e for aceita sua delação premiada, eles receberão pena bem menor, como já aconteceu com Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.”

2) “Se optarem por não fazer a delação premiada, o mais certo é que recebam penas dilatadas de algumas dezenas de anos.”

Neste segundo caso:

a) Eles em breve serão soltos por habeas corpus expedidos pelos “garantistas” do puxadinho do PT conhecido como STF;

b) Uma vez processados e condenados, poderão recorrer tantas vezes da sentença em liberdade, que demorará pelo menos uma década para irem novamente em cana, onde provavelmente ficarão pouco tempo.

c) Se vingarem os golpes do PT conhecidos como acordos de leniência entre a Controladoria-Geral da União e as empreiteiras do petrolão, eles terão garantida a fortuna que lhes permitirá continuar a viver como o Lulinha - o ex-limpador de estrume de elefante no jardim zoológico que hoje vive em um apartamento de 6 milhões de reais – e pagar os melhores advogados para recorrer até a morte, como Rosemary.

Como sempre, no entanto, eu sugiro a Léo Pinheiro a boa e velha vingança contra o “amigo” petista que lhe deixou na mão.

Estou com o Antagonista:

“A OAS está quebrando e o dono e fundador da empreiteira, César Mata Pires, não se conforma com o fato de a Odebrecht não ter tido ninguém preso até agora. Vingue-se em nome do seu patrão, Léo Pinheiro. Foi ele, e não Lula, quem lhe proporcionou tudo o que tem e ainda pode manter.

Quanto a você, César Mata Pires, preocupado com os seus herdeiros, o melhor a fazer é apostar na depuração imediata da OAS, porque, como a sociedade está muito à frente da Justiça e dos políticos, uma empresa que não purga os pecados terá chance zero de sobreviver a longo prazo, inclusive por pressão internacional num mundo cada vez mais globalizado. Os acordos de leniência podem até dar refrigério, mas ele será momentâneo.”

De qualquer modo, não deixarei de cantar para a prisão de Lula, o impeachment de Dilma Rousseff e a cassação do registro do PT:

“Tu vens, tu vens / Eu já escuto os teus sinais…”

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

Fonte: veja.com

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