Governador de MG é vaiado ao entregar medalha a líder do MST
A entrega da Medalha da Inconfidência, honraria mais importante de Minas Gerais, ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile foi alvo de protestos nesta terça-feira no Estado. Houve atos de repúdio à iniciativa do governador Fernando Pimentel (PT) na cidade histórica de Ouro Preto, local do evento, e em Belo Horizonte, capital mineira.
Pela manhã, grupos que protestaram contra o governo Dilma Rousseff e a corrupção nos dias 15 de março e 12 de abril, entre eles o movimento Vem Pra Rua, fizeram um enforcamento simbólico, com uma corda vermelha, de uma estátua do inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir do movimento rebelde no Brasil-Colônia e herói nacional.
Em Ouro Preto, houve um apitaço e um panelaço durante a condecoração de Stédile, do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, entre outros. Havia faixas em apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. A cerimônia é um tradicional momento de manifestações políticas e reuniu também professores da rede estadual insatisfeitos com o governador Fernando Pimentel (PT).
Mais de cem servidores, vestidos com camisas pretas e bonés da Central Única dos Trabalhadores (CUT), circularam ao redor da área fechada para a condecoração na Praça Tiradentes. Eles reclamaram do piso salarial dos professores e gritaram "Pimentel traidor". (por Felipe Frazão, de VEJA ; São Paulo).
Não basta mentir sobre as realizações dos antecessores. Para o petista Pimentel, governador de Minas, é preciso também condecorar o baderneiro-chefe do MST com a maior honraria do Estado
Empenhado em campanha suja contra seu ex-aliado Aécio Neves (PSDB), que governou Minas Gerais entre 2003 e 2010, cuja obra procura “desconstruir” de todas as formas com números e fatos distorcidos, sobretudo nas redes sociais, o governador petista do Estado, Fernando Pimentel, também encontra tempo para atos que são pura provocação aos cidadãos que cumprem as leis.
Ou teria outro significado a entrega, hoje, da Medalha da Inconfidência — a mais importante honraria oficial de Minas Gerais — a João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), baderneiros invasores de propriedades privadas, destruidores de bens alheios e especializados em violar a lei, em geral de forma impune.
O MST existe desde 1984 mas até hoje não se constituiu em pessoa jurídica, conforme a lei, para, com isso, poder escapar de processos criminais e de processos civis por indenização.
Como bom “revolucionário”, Stédile quebrou o protocolo de que os homenageados vestem seus melhores trajes para receber a honraria e resolveu fazê-lo de camisa com as mangas enroladas nos braços.
Não por acaso, o ato do governador acabou sendo alvo de atos de repúdio, a começar pelo ocorrido na cidade histórica de Ouro Preto, local da cerimônia, mas também em Belo Horizonte, capital mineira.
Pela manhã, grupos que protestaram nos dias 15 de março e 12 de abril contra o governo Dilma Rousseff e a corrupção, entre eles o movimento Vem Pra Rua, realizaram um enforcamento simbólico de uma estátua do inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Independência no Brasil-Colônia e herói nacional. Para isso, utilizaram uma corda vermelha, a cor do PT.
Em Ouro Preto, houve um apitaço e um panelaço durante a condecoração de Stédile, em solenidade em que foram igualmente homenageados o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entre outros.
Segundo relata o repórter Felipe Frazão, do site de VEJA, “havia faixas em apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. A cerimônia é um tradicional momento de manifestações políticas e reuniu também professores da rede estadual insatisfeitos com o governador Fernando Pimentel (PT). Mais de cem servidores, vestidos com camisas pretas e bonés da Central Única dos Trabalhadores (CUT), circularam ao redor da área fechada para a condecoração na Praça Tiradentes. Eles reclamaram do piso salarial dos professores e gritaram ‘Pimentel traidor’”.
A campanha contra Aécio — algo como se as eleições de outubro passado ainda não tivessem terminado — lança mão de dados manipulados e tenta provar que o atual presidente do PSDB e seu sucessor, o hoje senador Antonio Anastasia, também tucano, não fizeram bons governos.
Na área de segurança, por exemplo, o PT espalha, a partir de um documento denominado Diagnóstico, que o número de homicídios em Minas teria crescido 52,3% entre 2002 e 2012, “quatro vezes mais do que a média nacional”.
Na realidade, o Mapa da Violência, publicação mais confiável do país a esse respeito, mostra que entre 2002 e 2010 Minas avançou da sétima para a quarta posição entre as unidades da Federação com menor número de assassinatos, sendo que, entre 2003 e 2013, ocorreu uma redução de 21,5% na taxa de crimes violentos — e estes são dados do Ministério da Justiça do próprio governo federal, petista.
A mentiralhada se espalha por outras áreas. Para ficar em apenas mais uma, a educação, o PT dissemina que “no ensino fundamental, que é de responsabilidade dos municípios e do Estado, estamos entre os líderes nos rankings de avaliação nacional”. A verdade é que, nesse terreno, Minas está “entre os líderes”, mas é o Estado mais bem colocado no ranking do IDEB (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do Ministério da Educação.
O problema, porém, é o que vem depois, quando documento do PT afirma: “Mas no ensino médio, majoritariamente regido pelo governo estadual, somos reprovados” — quando, na verdade, conforme dados do próprio IDEB, Minas apresenta o terceiro melhor resultado do país, atrás de Goiás e de, empatados, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Se o Estado de Minas Gerais está tão mal como apregoa o PT, é interessante observar o tempo que o governador gasta denegrindo seus antecessores e em premiar violadores da lei.
(por Ricardo Setti)