Na Exame: Crimes do MST seguem impunes ano após ano

Publicado em 15/04/2015 11:27

Eram 5 horas da manhã de 10 de março quando 130 mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram as instalações da fabricante de defensivos agrícolas Adama, em Taquari, cidade de 26 000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul.

As manifestantes pularam os portões, ameaçaram os vigias e entraram nos escritórios. Lá, quebraram vidros e picharam nas paredes frases contra o “grande agronegócio”. Ao sair, perto do meio-dia, deixaram para trás um prejuízo de 220 000 reais. Numa situação dessas, era de se esperar alguma reação.

A Adama, porém, não fez sequer um boletim de ocorrência. “Não quero ter o MST como inimigo declarado”, diz Rodrigo Gutierrez, presidente da empresa. Como se sabe, o ataque à Adama não foi um ato isolado. Simultaneamente, em pontos diversos do país, também sofreram agressões unidades da Vale, da Duratex, da Cargill e da Bunge.

Pouco antes, em 5 de março, havia se dado o ataque mais violento: um centro de pesquisa da fabricante de papel Suzano no interior paulista foi devastado por centenas de mulheres arregimentadas pelo MST. Elas destruíram mudas de eucalipto transgênico, cultivadas após 15 anos de estudo.

A Suzano chamou a polícia e fez um boletim de ocorrência. Mas, segundo EXAME apurou, não deverá participar do processo que pode ser aberto pelo Ministério Público. Procurada, a Suzano não quis comentar.

Um levantamento feito por advogados e promotores para EXAME identifica pelo menos nove crimes recorrentes nas invasões. Entre eles: ameaça pessoal, sequestro, violação do lar, invasão de propriedade, interrupção de serviço de utilidade pública. Pelas leis de outros países, alguns desse crimes seriam considerados atos terroristas.

Leia a notícia na íntegra no site da revista Exame.

Fonte: Exame

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