PIB da China cresce 7% no 1.o trimestre, e renda das famílias cresce 8,1%
A economia chinesa registrou um crescimento melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2015, quando o produto interno bruto (PIB) se expandiu 7% em termos anuais, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
Os últimos dados contradisseram as previsões do mercado feitas por várias instituições, que indicavam que o crescimento econômico da China no primeiro trimestre cairia levemente para abaixo de 7% devido ao investimento e demanda fracos.
O resultado nos primeiros três meses significa contínua pressão para baixo na segunda maior economia do mundo, pois seu crescimento continuou baixando dos 7,3% registrados no quarto trimestre de 2014.
No entanto, o crescimento satisfez a meta de crescimento anual de cerca de 7% estabelecida pelo governo central chinês para todo o ano 2015.
A renda disponível per capita das famílias chinesas cresceu anualmente 9,4% chegando a 6.087 yuans (US$ 992,3) no primeiro trimestre de 2015. O crescimento foi de 8,1% em termos reais.
A renda disponível per capita dos residentes urbanos atingiu 8.572 yuans, um aumento anual de 8,3%. Deduzindo a inflação, a taxa foi de 7%.
Ao mesmo tempo, a renda disponível per capita dos residentes rurais ficou em 3.279 yuans, uma subida anual de 10%. Em termos reais, a taxa cresceu 8,9%.
O premiê chinês Li Keqiang afirmou nesta terça-feira (14) que perante as novas situações e questões, o país deve aproveitar as políticas para manter o crescimento econômico, garantir empregos e aumentar os benefícios à população.
Em uma reunião sobre a situação econômica, Li Keqiang apontou que ainda há um enorme potencial, uma grande força e espaço suficiente para o desenvolvimento do país.
FMI diz que reforma estrutural da economia chinesa exercerá profunda e positiva influência
O vice-diretor do Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gian Milesi Ferretti, afirmou nesta terça-feira em Washington que a reforma estrutural da economia chinesa exercerá uma profunda e positiva influência e que a desaceleração econômica é positiva para a China.
Ele explicou que a economia chinesa está sofrendo uma reforma estrutural e o modo de crescimento econômico da China será mais equilibrado no futuro. A curto prazo, a reforma estrutural tem a sua influência negativa para o crescimento. Mas de um ponto de vista de longo prazo, essa reforma é positiva e favorece o equilíbrio da estrutura econômica.
O especialista do FMI salientou ainda que as reformas da China nos setores de finanças, previdência social e política monetária serão extremamente importantes para o país.