Ibovespa fecha estável com Vale e educação ofuscando novo salto de Petrobras
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa perdeu o ímpeto ao longo da segunda-feira e fechou com o seu principal índice praticamente estável, após se aproximar dos 55 mil pontos, com o declínio no setor de educação e a queda nos papéis da Vale contrabalançando o avanço de Petrobras.
O Ibovespa terminou com variação positiva de 0,05 por cento, a 54.239 pontos, após avançar mais de 1 por cento na máxima do dia, a 54.866 pontos, renovando máxima intradia em 2015. O volume financeiro somou 6,5 bilhões de reais.
"Rumores de que o balanço da Petrobras poderia vir na sexta-feira e de que ela pensa em vender ativos incluindo do pré-sal repercutem bem, pois diluiriam o risco", disse o analista de renda variável Fabio Lemos da gestora São Paulo Investments.
"Mas a agenda de indicadores macroeconômicos na semana está bastante intensa, no Brasil e no exterior, assim como a safra de resultados nos Estados Unidos, o que leva a crer que serão dias de grade volatilidade", acrescentou.
Petrobras desacelerou os ganhos após disparar 7 por cento com notícia sobre venda de fatia na Braskem, embora tenha sustentado ganho forte, conforme segue a expectativa de divulgação do balanço auditado de 2014 no final da semana.
As preferenciais terminaram em alta de 3,81 por cento e as ordinárias subiram 4,99 por cento.
Os declínios de 4,83 por cento em Kroton e de 3,74 por cento em Estácio pesaram no índice, diante de relatório do Credit Suisse adotando visão mais cautelosa para o setor, incluindo corte de Estácio para "underperform".
Vale caiu 1,56 por cento e foi mais uma pressão negativa, apesar da trégua na queda do preço do minério de ferro, com a S&P colocando o rating da empresa em observação negativa e o UBS cortando a recomendação do ADR para "venda".
Dados de comércio exterior chinês também afetaram Vale, além de JBS e BRF, com operadores ainda citando notícia de O Globo, segundo a qual, JBS e BRF aparecem em diálogos interceptados pela Polícia Federal na Operação Zelotes.
Os privados Itaú Unibanco e Bradesco reforçaram o viés de baixa, com declínios de 1,32 e 0,23 por cento, dada a forte participação que têm no Ibovespa. A Fitch revisou nesta segunda a perspectiva dos bancos brasileiros.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa nesta segunda-feira:
ALTAS
Ação Preço(R$) Variação
LIGHT S/A ON 15 5,71%
GAFISA ON 2,53 5,42%
PETROBRAS ON 12,42 4,99%
CEMIG PN 14,43 3,96%
PETROBRAS PN 12,27 3,81%
OI PN 6,51 3,5%
CIA HERING ON 17,15 2,14%
ELETROBRAS ON 6,11 2%
COPEL PNB 36,4 1,96%
RUMO LOG ON 1,7 1,8%
BAIXAS
Ação Preço(R$) Variação
KROTON ON 11,42 -4,83%
ESTACIO PART ON 19,55 -3,74%
MARFRIG ON 4,35 -3,33%
BR MALLS PAR ON 17,87 -2,72%
JBS ON 16 -2,5%
BRADESPAR PN 10,49 -2,05%
CYRELA REALT ON 13,43 -1,97%
LOCALIZA ON 38,04 -1,96%
NATURA ON 27,65 -1,74%
PDG REALT ON 0,57 -1,72%