Setor elétrico é investigado na Operação Lava-Jato, diz procurador
Por 43 minutos, os procuradores da República Paulo Galvão e Carlos Fernando Lima receberam Zero Hora, na quarta-feira, em um escritório do sétimo andar do Edifício Patriarca, em Curitiba. Eles estão entre os nove procuradores que lideram a força-tarefa do Ministério Público Federal montada para fazer as denúncias ligadas à Operação Lava-Jato. Demonstrando alto nível de empenho, comentaram o futuro das investigações, que ingressaram no setor elétrico do país, detalharam a situação de José Dirceu, rejeitaram a possibilidade de utilizar dados do Swissleaks e falaram sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Confira abaixo os principais trechos.
Quais serão as próximas iniciativas da força-tarefa?
Carlos Fernando Lima – Nosso foco mais burocrático é terminar a parte toda de cartel. É o objetivo de curto prazo. Mas estamos investigando a Diretoria Internacional, na Diretoria de Serviços ainda estamos arranhando as primeiras denúncias, e estamos devendo denúncias relacionadas à Diretoria de Abastecimento. Estamos caminhando até para fora da Petrobras. Isso que é interessante.
As investigações vão chegar ao setor elétrico e ao BNDES?
Lima – O rumo vai ser dado pela colaboração e pelas provas que formos juntando. Creio que os fatos envolvendo o setor elétrico são bastante razoáveis em indicativos de crimes da mesma espécie do cartel feito na Petrobras. Mas, fora disso, é especulação. Diria que o máximo neste momento é o setor elétrico. Temos o indicativo de cartel em obras de montagem industrial, como é no caso da Petrobras. Mas é cedo, a investigação está no início, mas já está no âmbito da força-tarefa.
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