Bovespa sobe 0,7% sustentada por Petrobras e exportadoras; Usiminas PNA sobe 6,6%
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, conduzida pela forte valorização de Petrobras na véspera de reunião do Conselho de Administração da estatal e com a retomada da alta do dólar ante o real dando fôlego às ações de empresas exportadoras.
As preferenciais da Usiminas tiveram a maior alta percentual do Ibovespa, fechando com ganho de 6,6 por cento, enquanto o enfraquecimento dos papéis de bancos após dados de crédito tenha afastado o principal índice da bolsa das máximas da sessão, quando voltou a superar 52 mil pontos.
O Ibovespa encerrou em alta de 0,68 por cento, a 51.858 pontos, após ter alcançado 52.318 pontos pela manha, no melhor momento do dia, com avanço de 1,58 por cento.
O volume financeiro somou 7,4 bilhões de reais.
As preferenciais da Petrobras avançaram 4,79 por cento e as ordinárias subiram 5,19 por cento, em meio à expectativa em relação a reunião do Conselho de Administração na quinta-feira, quando deve ser apresentado o andamento dos trabalhos para o fechamento do balanço auditado da estatal.
O dólar avançou 2,43 por cento, a 3,2034 reais, após três pregões de baixa, em meio à decisão do Banco Central de não renovar o programa de swap cambial que expira no fim do mês, devolvendo exportadoras à ponta positiva do Ibovespa, como Fibria, BRF e JBS.
As siderúrgicas se beneficiaram do câmbio, com Usiminas à frente, sendo que o noticiário da empresa incluiu ainda comunicado sobre aquisição de ações pelo fundo Pzena Investiments e novos desdobramentos relacionados à disputa pelo controle, conforme se aproxima assembleia para eleger o presidente e outros membros do Conselho, em 6 de abril.
Entre as novidades, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou pedido da CSN para ter representante no Conselho da Usiminas. E o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que o empresário e acionista minoritário Lírio Parisotto foi indicado pela L.Par, fundo que reúne seus recursos, para ocupar cadeira no Conselho da empresa.
No caso dos bancos, Itaú Unibanco chegou a subir mais de 2 por cento pela manhã, mas terminou em baixa de 0,08 por cento, enquanto Bradesco desacelerou os ganhos a 0,05 por cento. Banco do Brasil terminou em baixa de 2,29 por cento.
A equipe do Credit Suisse destacou, em nota a clientes, como positivo para o setor bancário a elevação dos juros e spreads em fevereiro, mas ponderou sobre sinais iniciais de deterioração na inadimplência de 15-90 dias e aumento no custo de risco de bancos privados.