PIB: Brasil será superado pela Índia e cairá para a 8ª posição, prevê a Austin

Publicado em 23/02/2015 14:58
AUSTIN RATING -- AGÊNCIA CLASSIFICADORA DE RISCO -- Depto. de Economia

O IBGE divulgará no dia 27 de março os resultados das Contas Nacionais (PIB) referente ao ano consolidado de 2014 e, ao que tudo indica, o Brasil deverá preservar o posto de 7ª maior economia do mundo. Entretanto, as primeiras simulações para o ranking de 2015, a partir da atual realidade da nova ordem econômica mundial, revelam que o Brasil será superado pela Índia e cairá para a 8ª posição. O tropeço do País no ranking tem efeitos importantes sobre a perspectiva de investimentos nos anos seguintes.

Segundo dados extraídos do Sistema de Expectativas de Mercado, compilados e disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, até o dia 20/fev, a estimativa para taxa do PIB de 2014 era de variação nula (0,00%) e para 2015 a expectativa é de retração de 0,50%. Vale destacar que o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que é um indicador calculado e divulgado mensalmente pelo BC e que tenta reproduzir o desempenho do PIB ao longo do ano, apresentou retração de 0,15% em 2014.

As simulações elaboradas para o ranking do PIB mundial para 2015 têm como base os dados dos PIB em dólares (US$) publicados pelo FMI em outubro de 2014, o relatório Update com atualizações das projeções das taxas de crescimento para 2015 e 2016 publicado pelo FMI em 20/jan/2015, a taxa de câmbio média para 2015 com dados efetivos até 20/fev e estimativa para o restante do ano para os 10 países listados no ranking, além das projeções de crescimento para o Brasil conforme o boletim Focus-BACEN de 20/fev/2015.

Além das instabilidades geopolíticas, a atual nova ordem econômica mundial decorre da alteração da política monetária nos Estados Unidos, que tem alterado constantemente a paridade cambial das principais moedas frente ao Dólar norte-americano, bem como o processo de “soft landing” observado na China, os efeitos da extensão do plano de socorro monetário à Grécia  e, principalmente, pela instabilidade econômica instaurada no Brasil ao longo de 2014 e que terá severos e negativos reflexos sobre a dinâmica macroeconômica doméstica.

A conjuntura macroeconômica do Brasil para 2015 é desalentadora, pois, se espera retração do PIB entre 0,5% e 1%. Tal cenário decorre da perda ainda maior de dinamismo nos setores industrial e de serviços, além da queda do poder de compra das famílias em virtude da inflação elevada, bem como o risco real de racionamento de energia elétrica.

Em tempo, os ajustes promovidos no campo fiscal e monetário, com o fim das desonerações fiscais, aumento da carga tributária e a elevação da taxa de juros, que podem ser considerados “um mal necessário”, vão fragilizar ainda mais os investimentos no setor produtivo com graves problemas sobre o mercado de trabalho como fechamento de postos de trabalho e estagnação da renda.

Os investimentos no setor produtivo, por sua vez, seguem em compasso de espera aguardando não apenas as definições das medidas de política econômica do governo, mas também pelo conhecimento das consequências do desfecho dos problemas acerca da Petrobras que, por enquanto, carregam grandes incertezas sobre o futuro do rating do Brasil e sua manutenção no seleto grupo de países classificados como grau de investimento, haja vista que tal condição do rating soberano tem efeito direto na adesão das empresas em participarem dos planos de concessões do governo federal nas áreas de infraestrutura.

VEJA INFORME COMPLETO da AUSTIN RATING AGÊNCIA CLASSIFICADORA DE RISCO

 

 

 

Em VEJA: Conjuntura

Levy admite "escorregadinha" no controle das contas públicas

Em São Paulo, ministro da Fazenda voltou a defender ajuste fiscal e disse que não há nada de problemático na economia

"O ajuste que vamos fazer agora está absolutamente dentro da nossa capacidade", disse Levy (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que o governo pode ter falhado no compromisso de zelar pela estabilidade fiscal do país nos últimos anos. "Pode ter tido uma 'escorregadinha', mas a realidade aflora", afirmou, durante palestra da Câmara de Comércio França Brasil, em São Paulo. O ministro ponderou, no entanto, que nos últimos 15 anos o controle das contas públicas passou a ser percebido como "extremamente importante". 

Levy também disse que o ajuste fiscal que o país precisa exigirá "certa imaginação" e "esforço", mas salientou que não há nada de problemático na economia. "O ajuste que vamos fazer agora está absolutamente dentro da nossa capacidade", disse. "Tenho certeza que temos capacidade de fazer reengenharia da nossa economia sem grande dificuldade", afirmou. 

O ministro também reafirmou a importância de rever alguns benefícios fiscais – 100 bilhões de reais de benefícios fiscais por ano é muito dinheiro, disse. Para o ministro, o seguro-desemprego, por exemplo, visa o inesperado e não é para garantir um sistema de suporte. "Mudanças foram feitas para tornar estes instrumentos mais focados e mais fortes."

Desde que se assumiu a liderança da equipe econômica, Levy começou a reverter desonerações tributárias, que em 2014 atingiram 104 bilhões de reais. Uma das medidas foi o retorno da cobrança da Cide Combustível, do PIS/Cofins sobre produtos importados e a volta da cobrança do IOF em operações de crédito a pessoas físicas. Na palestra, ele indicou que as próximas medidas a serem adotadas irão abranger PIS, Cofins e o imposto estadual ICMS. "Estamos com intenção de fazer ajustes, começando pelo PIS/Cofins", disse Levy, sem dar mais detalhes.

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O ministro da Fazenda reiterou que o desequilíbrio fiscal de 2014 tem sido corrigido. Disse que o déficit fiscal de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) não é sustentável e que 2% do PIB de superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) é um nível aceitável. Para este ano, a meta de superávit é de 1,2% do PIB. Para os próximos, a intenção é ampliá-la para 2% do PIB.

(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

 

Fundos somam R$ 9 bilhões em papéis afetados pela crise da Petrobras

Por Renata Agostini e Toni Sciarretta, na Folha:
Os fundos de investimento tinham pelo menos R$ 9 bilhões em papéis diretamente ligados à Petrobras e aos seus fornecedores, incluindo empresas citadas na Lava Jato, no final de janeiro. São aplicações que surgiram no período de pujança financeira da Petrobras, mas que agora tornaram-se sensíveis a eventuais atrasos nos pagamentos tanto da Petrobras quanto de sua cadeia de fornecedores. Também têm sofrido com os recentes rebaixamentos de avaliação das agências de risco. Quando isso ocorre, o valor de um título deve ser revisto para baixo, implicando em perdas para os cotistas.

O levantamento, baseado em dados da consultoria Economatica, considerou quanto os fundos possuem em debêntures (dívidas de longo prazo) e participações das empreiteiras, além do adiantamento de recursos que os fornecedores receberão da estatal (chamados recebíveis) e de papéis baseados em imóveis que a estatal aluga. O montante dobra se incluir também os recebíveis que não foram para os fundos, mas ficaram nos bancos. A Petrobras coordena um programa chamado Progredir, que viabilizou o adiantamento de R$ 9,4 bilhões em recebíveis desses fornecedores.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

 

Efeito Lava Jato: processo contra a OAS respinga no Santander

Por Ana Clara Costa, na VEJA.com:
Em situação delicadíssima desde que foi tragada pela Operação Lava Jato, a empreiteira OAS é alvo de dezenas de ações na Justiça movidas por credores que desejam receber valores, mas têm levado sucessivos calotes. Uma delas respinga sobre o banco Santander, que pode ser obrigado a arcar com 106 milhões de reais em títulos da empreiteira detidos por investidores institucionais, como os bancos Credit Suisse e JP Morgan.

No processo, os investidores, representados pela Pentágono Distribuidora de Valores Mobiliários (DTVM), relatam que a empreiteira deixou de honrar os pagamentos de debêntures — títulos emitidos por empresas que querem se capitalizar sem precisar recorrer à Bolsa de Valores — que venciam em janeiro deste ano. Uma única instituição se salvou: o banco Santander.

O Santander também era detentor de debêntures da OAS. No total, contava com 940 milhões de reais em títulos — alguns deles com vencimento distante, em 2018. Com mais de um 1 bilhão de rais em caixa no começo do ano, a construtora optou por saldar integralmente sua dívida com o banco. Isso irritou o grupo de investidores cujos papeis, somados, alcançavam pouco mais de 100 milhões de reais. Em 30 de janeiro, por meio da Pentágono, e capitaneados pelo Credit Suisse, eles executaram a dívida e arrolaram o Santander como devedor solidário. 

Os investidores alegam que o banco foi beneficiado com o pagamento antecipado de títulos que só se tornariam maduros em março de 2018. Afirmam, ainda, que, dado o envolvimento da OAS na Operação Lava Jato (seus principais diretores estão presos desde novembro de 2014 na sede da Polícia Federal, em Curitiba), o pagamento foi feito com o intuito de inviabilizar o cumprimento das obrigações com os credores institucionais. A operação é caracterizada como “fraudulenta” no processo. 

Foi pedida uma liminar, obrigando os réus a depositar em juízo os 106 milhões de reais. A juíza Jacira Jacinto da Silva determinou, no entanto, que apenas o Santander deixe o dinheiro provisionado. Segundo a sentença, o fundo Santander Diamantina Multimercado, que era detentor dos títulos da empreiteira, ficará impossibilitado de fazer transações no valor da dívida da OAS com os demais credores. Cabe recurso da decisão.

Procurada pela reportagem, a OAS afirmou que a liquidação antecipada das debêntures do Santander foi decorrente do corte de rating da empreiteira, feito em janeiro pelas as agências de classificação de risco. À ocasião, foi atribuída a nota C aos papéis da empresa. Isso significa que suas ações são consideradas ‘junk’, jargão utilizado pelo mercado para classificar papéis que possuem um altíssimo risco de calote. A empreiteira não explicou, no entanto, porque o corte de rating também não a obrigou a liquidar as debêntures dos demais credores.

Invepar
Outra vitória da Pentágono contra a OAS se refere a outra classe de debêntures, também vencidas, da ordem de 180 milhões de reais. Investidores conseguiram na Justiça que 8,89% das ações da Invepar (empresa de infraestrutura da qual a OAS é acionista) fossem penhoradas para honrar a dívida da empreiteira com os debenturistas. A OAS detém 25% de participação na empresa, que tem entre seus principais ativos o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, privatizado em 2012. A Pentágono alegava que a OAS vinha tentando transferir suas ações para uma subsidiária. Com a tentativa, dizem os investidores, a empreiteira tinha o intuito de esvaziar o patrimônio da holding para evitar que seus ativos fossem executados por credores. A penhora das ações foi concedida pela Justiça no início deste mês.

A OAS tem mais de 20 obras de infraestrutura no país — a maior parte conseguida por meio de contratos com estatais, com o governo federal e com governos estaduais. Se, em decorrência da Lava Jato, a construtora for declarada inidônea, ela perderá seu maior cliente, a União.

O endividamento da empresa até setembro de 2014 era de 7,7 bilhões de reais, segundo a agência de classificação de risco Fitch. Atualmente, alguns fundos credores, como o Blackrock, estão vendendo os papéis da OAS no mercado secundário para fundos especializados em ativos podres, os chamados ‘fundos abutres’ — os mesmos que detém boa parte da dívida da Argentina e hoje cobram um prêmio altíssimo para renegociá-la.

Por Reinaldo Azevedo

 

Estaleiro rompe contrato com Sete Brasil

Por Malu Gaspar, na VEJA.com:
A Sete Brasil, empresa formada pela Petrobras e sócios privados para administrar o aluguel de sondas para o pré-sal, acaba de sofrer mais um abalo que a colocou no rumo da dissolução. O Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, rescindiu ontem unilateralmente seu contrato com a companhia. A Sete deve 125 milhões de dólares ao estaleiro, que deveria fornecer as primeiras sete sondas para a exploração do pré-sal. Na prática, a iniciativa do Atlântico Sul, que tem como sócios as empreiteiras Queiroz Galvão e Camargo Correia, inviabiliza a Sete, que precisa do contrato e das sondas para garantir a sobrevivência. A empresa, em que a Petrobras tem uma participação minoritária, mas indica o presidente, tem ainda como sócios bancos como BTG, Santander e Bradesco, além de fundos de pensão e investidores estrangeiros. Outros grandes bancos, como o Itaú, são credores. No total, a dívida já é de 4 bilhões de dólares, mas o dinheiro para financiar a construção dos estaleiros e das sondas acabou em novembro. Desde então, a Sete não paga nem os bancos, nem os fornecedores.

A Sete foi criada com base na crença de que a política do conteúdo nacional, que exige que pelo menos 60% dos equipamentos para a indústria de petróleo sejam fabricados no Brasil, impulsionaria o setor naval brasileiro. Sua derrocada em pleno escândalo do petrolão é um sinal de fracasso dessa política, que elevou os custos dos equipamentos e não produziu um parque industrial naval forte. Dos estaleiros contratados pela Sete, cinco tem como sócias empreiteiras acusadas na Operação Lava Jato, e um sexto, o da Keppel, também está sendo investigado. Em sua delação premiada, o ex-diretor operacional da Sete, Pedro Barusco, declarou que ele e o ex-presidente da companhia, João Carlos Ferraz, cobravam propina de 1% do valor das sondas – cerca de 800 milhões de dólares cada – pelos contratos.  

A esta altura, a única chance de a Sete escapar da falência é fechar o empréstimo de 3,1 bilhões do BNDES que vem sendo negociado desde o ano passado. O empréstimo, porém, é praticamente inviável. A cada nova revelação da Lava Jato, porem, o banco de fomento aumenta as exigências para conceder o aporte e torna mais difícil o negócio sair. Internamente, no banco, a intenção é não liberar o dinheiro. Mas nenhum dos técnicos e nem dos diretores dirá isso à presidente Dilma Rousseff, que ainda quer a Sete de pé. A presidente inclusive deu ao novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, a missão de reavivar a companhia. Mas agora, sem sondas para alugar, a tarefa de Bendine se torna praticamente impossível. A tendência, agora, é que se iniciem diversas ações judiciais e arbitragens no Brasil e no exterior entre a Sete e os fornecedores, e entre os bancos e a Sete. Uma briga longa e custosa que pode durar muitos anos e certamente causará rombos significativos nas finanças das instituições financeiras envolvidas. 

Por Reinaldo Azevedo

 

Presidente de uma das maiores e mais influentes consultorias do mundo, que costuma ser prudente sobre o Brasil, diz que país está à beira do precipício  

Ian Bremmer, presidente da Eurasia, uma das consultorias políticas mais importantes e influentes do mundo, com escritório também no Brasil, escreveu um artigo para a revista Time em que afirma que o país vive a “tempestade perfeita”. Ele elenca cinco motivos que apontam para um futuro sombrio. Titulo do texto: “Cinco razões que conduzem o Brasil à beira do precipício”. Abaixo, faço uma síntese do que ele escreve, mas, antes, quero chamar atenção para um dado importante.

A Eurasia não se deixa impressionar facilmente e não pode ser acusada de fazer análises só para deixar o PT amuado. Nada disso! Querem um exemplo? Para o seleto grupo de clientes que recebiam suas análises durante todo o processo eleitoral, a consultoria jamais deixou de apontar Dilma Rousseff como a franca favorita. E assim foi até nos momentos mais difíceis da campanha. Eu mesmo vivia torcendo para que chegasse o dia em que me diriam: “Ó, a Eurasia está dizendo que Dilma deve perder…”. Isso nunca aconteceu.

São cinco os fatores que empurram o país para perto do abismo, segundo Bremmer:
1 – Economia: O autor destaca que o real perdeu um décimo do seu valor ante o dólar nos dez primeiros dias de fevereiro, que a inflação está em alta e que o país deverá crescer apenas 0,3% neste ano. Nota à margem: com dados mais atualizados, Bremer teria destacado que o país terá é recessão em 2015, o que já deve ter acontecido também no ano passado.

2 – Seca: O Brasil passa por uma seca histórica, que poderá acarretar racionamento de água e luz, num país em que 70% da energia derivam de matriz hídrica. A decisão do governo de cortar os subsídios do setor deve levar a um aumento de 40% na tarifa — na verdade, esse reajuste já aconteceu.

3 – Mal-estar: Bremmer destaca que, desde a virada do século, milhões de pessoas passaram para a classe média, com redução considerável da pobreza extrema. Não obstante, no ano passado, o governo teve de anunciar um aumento do número de pessoas que vivem na indigência. Mais: a classe média passou a reclamar da qualidade dos serviços públicos. O autor cita os protestos de 2013 e os de 2014, contra a Copa do Mundo, lembrando que, em 2016, o Rio sedia os Jogos Olímpicos. Parece sugerir que novas ondas de descontentamento vêm por aí.

4 – Corrupção: A corrupção toma conta do país, e o escândalo da Petrobras se agiganta a cada dia. O Ministério Público aponta o pagamento de pelo menos US$ 730 milhões em propina; segundo um dos delatores, 3% dos contratos eram destinados ao PT e aliados, havendo 232 empresas sob investigação. A corrupção é endêmica no país, e pagar propina é uma prática comum entre aqueles que precisam negociar com o setor público. Bremer observa que, no país,  há 20 mil cargos federais de confiança, contra apenas 5.500 nos EUA, por exemplo.

5 – Dilma nocauteada : O presidente da Eurasia diz que esses fatos nocautearam Dilma e que, desde a eleição, ela perdeu metade da popularidade. Ele cita os números do Datafolha, segundo os quais, em três meses, os que consideram seu governo ruim ou péssimo saltaram de 24% para 44%. Nota que os brasileiros estão perdendo a fé na petista, já que 60% acreditam que ela disse mais mentiras do que verdades na campanha e que 77% acham que ela sabia da corrupção na Petrobras.

Eis aí. Esse é o presidente de uma consultoria que costuma ser bastante prudente. Dá para imaginar o que andam dizendo a seus clientes os mais afoitos.

Texto publicado originalmente à 1h07

Por Reinaldo Azevedo 

Fonte: Austin Rating + VEJA

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