IEA diz que recuperação no preço do petróleo "pode não ser iminente"

Publicado em 16/01/2015 08:21

(Por Christopher Johnson)

LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo podem ter que cair mais e uma recuperação pode demorar, apesar de sinais cada vez mais fortes de que a tendência de queda irá terminar, possivelmente no segundo semestre deste ano à medida que o crescimento da oferta da América do Norte desacelere, disse nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Os preços do petróleo acumulam perdas de quase 60 por cento nos últimos seis meses com os dois contratos de referência global atualmente negociados abaixo de 50 dólares por barril, em um momento em que petróleo leve de alta qualidade produzido nos EUA e no Canadá supera a demanda em meio ao fraco crescimento da economia global.

A IEA, que monitora o mercado de energia para as principais potências ocidentais, disse em seu relatório mensal que os estoques globais deverão continuar subindo ao longo do primeiro semestre, mas em algum momento o petróleo mais barato começaria a reduzir a oferta e estimular a demanda.

"Qualquer pessoa pode tentar adivinhar até onde o mercado pode cair. Mas a queda nos preços está tendo um impacto", disse a IEA. "A recuperação dos preços --exceto em caso de alguma interrupção-- pode não ser iminente, mas os sinais estão cada vez mais fortes de que a maré vai mudar."

"Um reequilíbrio pode começar a ocorrer no segundo semestre deste ano", disse a agência.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Governo confirma contenção de gasto e vê déficit fiscal de R$28,8 bi em 2024, limite da banda de tolerância
Wall St encerra em alta com retorno de investidores às megacaps
Dólar cai ante real em dia favorável para as moedas emergentes
Arrecadação de junho teve alta real de 11%, mas ganhos ainda estão abaixo do necessário, diz secretário da Receita
Ibovespa tem alta modesta com Embraer e Petrobras minando efeito positivo de Wall Street
Taxas futuras de juros caem em dia positivo para emergentes e de confirmação de cortes de gastos no Brasil