FPA trabalha para incluir emendas na MP 1216/24 em apoio aos agricultores do Rio Grande do Sul

Publicado em 14/05/2024 17:48
Parlamentares devem apresentar emendas e moratória de 15 anos

Para debater novas ações de auxílio ao povo gaúcho e analisar a Medida Provisória 1216/24, editada pelo governo federal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu nesta terça-feira para discutir emendas e possíveis ajustes. De acordo com o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), a MP 1216/2024 apresenta pontos positivos, e qualquer medida de auxílio ao Rio Grande do Sul é bem-vinda. Contudo, ele ressalta que alguns aspectos precisam de revisão.

“A medida contém alguns equívocos, como a limitação aos bancos oficiais e ao acesso ao crédito. Seria justo perdoar essa dívida para que o Estado possa se reerguer. Assim, há diversos temas nesta medida provisória que pretendemos emendar”, afirmou

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) destacou que, em Brasília, o governo federal não está habituado a lidar com emergências. “É necessária uma Medida Provisória que regule a gestão da catástrofe. Os recursos devem ir diretamente para o local, com a formação de um comitê na cidade para fiscalizar os gastos, envolvendo o Tribunal de Contas e o Ministério Público”, explicou.

Moreira também enfatizou a necessidade de remanejamento das cidades para sua reconstrução. “É essencial construir de maneira correta, econômica, mas com qualidade. Precisamos de sincronia entre o governo e cada município, além de recursos adequados. ”

O deputado Domingos Sávio (PL-MG) ressaltou a importância de um auxílio emergencial para que as empresas não demitam seus funcionários. “Durante a Covid-19, as empresas em dificuldades foram socorridas, com o governo ajudando na remuneração dos funcionários. Não basta apenas antecipar o Bolsa Família para os já beneficiados. Milhares de trabalhadores que sustentavam o país estão agora desesperados e precisam desse auxílio emergencial”, disse.

“O gesto do agro tem sido consistente para o Rio Grande do Sul. O estado, que é fundamental para o setor agropecuário, tem que ser olhado com a importância que merece e isso tem sido feito por esta bancada”, comentou o deputado Afonso Hamm (PP-RS), que acrescentou dizendo: “Lá na pandemia tivemos um prazo para as coisas voltarem ao normal e no caso do RS tivemos perdas enormes e o estado vai precisar de auxílio para se reerguer, ajuda consistente para reconstrução.”

Agro Fraterno

Durante a reunião foi apresentada a plataforma ‘Agro Fraterno’ que organiza as doações enviadas para o Rio Grande do Sul. O deputado Pedro Lupion ressaltou a fraternidade dos brasileiros e do setor. “Nós temos uma plataforma emergencial do agro e estamos conseguindo por ali mobilizar para atender os anseios e as necessidades daqueles que perderam tudo, seja por meio de pix ou doações. Conseguimos efetivamente reunir o nosso setor para que consigam atender as necessidades dos atingidos. ”

O Agro Fraterno é um movimento solidário formado por 58 diversas entidades associadas ao Instituto Pensar Agro (IPA), em união para auxiliar famílias e populações impactadas por crises e tragédias. O programa incentiva a participação voluntária de produtores rurais, empresas, sindicatos e entidades do setor, permitindo doações.

Veja o que falaram os parlamentares:

O deputado Pedro Westphalen (PP-RS) reitera: “depois disso tudo, vamos ver pessoas sem emprego, sem casa. São cidades destruídas. O setor primário está sendo impactado, a logística afetada, mesmo com todos os esforços. É diagnosticar o que temos que fazer e precisamos da FPA para isso. Precisamos nos despir das ideologias para seguir em frente.”

O deputado Luiz Ovando (PP-MS) reforça que é terrível ver as fake news contra o setor agropecuário. “Precisamos nos fundamentar na história para entender o que de fato é verdade. Estão tentando execrar o agro por conta de interesses ideológicos e não podemos entrar em embate com o perigo de alimentar tantas mentiras contra o nosso setor.”

O deputado Sérgio Souza (MDB-PR) destaca que “esse comportamento de utilizar a tragédia para se promover politicamente chega a ser imoral. Por conta de 20 mil, 30 mil seguidores, pensando nas eleições municipais ou nas gerais, precisa ser combatido. O Brasil deve se unir e o agro é uma das saídas para o desenvolvimento responsável do Rio Grande do Sul diante desta tragédia.”

Fonte: FPA

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