Em VEJA: Dirceu divide cela com contrabandistas em Curitiba
O ex-ministro José Dirceu passou hoje a dividir uma cela na carceragem da Polícia Federal em Curitiba com dois contrabandistas. Preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, Dirceu chegou por volta das 17 horas à capital paranaense e foi recebido por um grupo de manifestantes, em frente à Polícia Federal, com palavras hostis e provocação. Ao contrário dos demais detidos na Lava Jato, incluindo o empreiteiro Marcelo Odebrecht, Dirceu teve de abandonar a tradicional van da PF e entrar em outra viatura para evitar o protesto. Para o delegado Igor Romário de Paula, que atua na Lava Jato, havia uma concreta "preocupação de agressão" contra o petista.
Na tarde de hoje, o ex-chefe da Casa Civil foi levado para a área de custódia da Polícia e alojado na mesma ala em que também estão os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Zelada e o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do petrolão. Nenhum deles, porém, compartilha a cela com outros suspeitos da Lava Jato para evitar a combinação de versões e atrapalhar o curso das investigações.
Por ora, a principal preocupação dos investigadores é analisar a farta documentação apreendida na casa do irmão de Dirceu, Luiz Eduardo, em Ribeirão Preto (SP). Entre o material apreendido há manuscritos de reuniões e documentos produzidos pelo próprio ex-ministro. A urgência na avaliação dos dados é importante porque Luiz Eduardo está em prisão temporária de cinco dias, e os policiais precisam decidir até sexta-feira, com base nas apreensões, se solicitam ou não a conversão da prisão em preventiva, quando não há prazo definido para a duração da detenção. Os documentos são cruciais também para embasar a provável denúncia a ser apresentada contra o petista nas próximas semanas.
Nesta quinta-feira, a defesa terá a primeira oportunidade de se encontrar com o ex-ministro na Polícia Federal. Para os policiais, apesar das negativas dos advogados, não há dúvidas de que José Dirceu atuou ativamente no escândalo do petrolão em benefício próprio, recolhendo propina para si e para a família.
Curitiba: Dirceu chega à PF sob fogos e ofensas (blog do Josias)
– Aqui, uma notícia com os detalhes.
José Dirceu dobrou a meta. Parabéns! (Felipe Moura Brasil)
Um novo meme homenageia José Dirceu, que já estava em prisão domiciliar pelo mensalão e agora foi preso pelo petrolão.
A imagem ironiza o discurso patético (com o perdão da redundância) de Dilma Rousseff na semana passada ao explicar o pequeno aumento do número de vagas do Pronatec (agoradestinado a bandidos também):
“Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta”.
Fica a homenagem para Dilma também:
Resumindo:
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Vídeo especial: ‘Lula e José Dirceu – Uma longa história de cumplicidade’
Para celebrar a segunda-feira histórica da prisão de José Dirceu, passei a tarde editando um vídeo especial sobre a longa história de cumplicidade entre o mensaleiro do petrolão e o “chefe”, Luiz Inácio Lula da Silva.
São 13 minutos, em homenagem ao desmoronamento do PT.
Assista, enquanto Dirceu reflete sobre a delação premiada, que poderia libertá-lo em três anos como anti-herói nacional.
* Saiba mais:
- Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil
- O melhor vídeo para entender o PT, com Lula, Dilma, Valter Pomar e… Olavo de Carvalho
- Olavo de Carvalho e o papel do PT no comunismo
- O “FBI brasileiro” de Dilma e Cardozo, o ministro do Foro de São Paulo que aplaude a revolução. Assista ao vídeo
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Prisão de Dirceu extirpa um pedaço do câncer do Brasil
Nosso herói Deltan Dallagnol, procurador da República, disse no domingo que a corrupção é um câncer que torna a sociedade doente, e a Operação Lava Jato é a cirurgia que vai extirpar essa doença.
Nesta segunda-feira, o mensaleiro petista José Dirceu, ex-homem-forte do governo Lula, foipreso (duplamente preso!) na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco em referência ao termo que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto usava para se referir ao dinheiro de propina com que a empreiteira UTC abastecia o caixa do PT.
A prisão de Dirceu extirpa um pedaço do câncer do Brasil.
O petismo é a doença e a Lava Jato é a cura.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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Quem disse que só pobres e negros são presos no Brasil? Petistas também!
Atualize o pano de fundo do seu computador:
O PT sempre reclamou que só pobres e negros são presos no Brasil.
Agora, os comparsas ricos e brancos de Lula e Dilma Rousseff estão na cadeia.
Já que o dia é de festa, vamos relembrar alguns doces momentos que eles passaram juntos:
Esta família é muito unida / E também muito ouriçada…
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Eu apelidei o site petista Brasil 247 de ‘Brasil 171′. Delatado na Lava Jato, ‘suposto jornalista’ Attuch me mata de orgulho
Quando o site petista Brasil 247, de Leonardo Attuch, foi citado pela primeira vez na Operação Lava Jato, eu já me diverti:
Quando a Lava Jato descobriu que a Jamp, empresa de fachada do lobista Milton Pascowitch, pagou 120 mil reais à editora 247, que mantém o Brasil 171, eu me diverti mais ainda.
Quando Pascowitch foi preso, então, a diversão só aumentou aqui no blog, com a contagem regressiva para a delação premiada.
Pascowitch admitiu que não havia serviço a ser prestado e que o contrato serviria apenas para dar uma aparência de legalidade às transferências financeiras no auge do período eleitoral. Vaccari o encaminhou para uma reunião com Attuch e pediu que o valor pago ao site fosse descontado da empresa Consist, outro braço do esquema de lavagem de dinheiro do petrolão.
Essa gente me mata de orgulho.
O apelido ‘Brasil 171′ pegou de vez entre os críticos do PT na internet principalmente a partir de 2013, depois que eu homenageei, com a imagem abaixo, a suposta crítica do site sujo do PT ao nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Naquela época, eu só podia zombar da publicidade estatal da Caixa Econômica.
Agora eu posso até cobrar do TSE que casse o mandato de Dilma Rousseff por contar com propaganda eleitoral paga com propina do petrolão. O ‘Brasil 171′ fez campanha descarada para a petista, atacando a imprensa independente, como a revista VEJA.
Meses depois, como se sabe, a quebra do sigilo dos depoimentos mostrou que VEJA havia publicado exatamente o que Youssef dissera às autoridades.
O mandato de Dilma é 171 como a sua propaganda.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Eduardo Cunha exclui PT do comando de CPIs (Blog do Josias)
As CPIs dos Fundos de Pensão e do BNDES serão presididas pelo oposicionista DEM (Efraim Filho) e pelo PMDB (Marcos Rotta), respectivamente. O relator da primeira comissão virá do PMDB (Sérgio Souza). O da segunda, do PR (Márcio Alvino). Essas duas comissões são as que mais preocupam o governo. O PT reivindicava participação no comando. Mas Cunha alega que o bloco que o apoiou na disputa pela presidência da Câmara, por majoritário, tem prioridade. Um critério que não foi observado na CPI da Petrobras, que tem o petista Luiz Sérgio (RJ) como relator.
Pretende-se excluir o PT até mesmo da direção de uma CPI proposta pelo líder petista Sibá Machado (AC), para investigar os crimes cibernéticos. Essa comissão será presidida pelo PSDB. Que trama utilizá-la contra o próprio PT, varejando a estrutura montada pelo rival para difundir notícias simpáticas ao governo e atacar adversários na internet. De resto, Cunha ajeita para que o PSD presida a inofensiva CPI dos maus-tratos aos animais.
No jantar oferecido por Cunha, alguns líderes ironizaram o churrasco de Dilma. Recordou-se, por exemplo, que os garçons do Alvorada serviram champanhe para um brinde. Os convivas da presidente se entreolharam. Num instante em que a crise econômica se acentua e a Lava Jato prende até personagens como José Dirceu, que já estava em prisão domiciliar, qual seria o mote do brinde? “À saúde”, propôs Dilma.
Planalto teme que Lava Jato dure além de 2018 (blog do Josias)
O despacho em que o juiz Sérgio Moro mandou prender José Dirceu foi lido com lupa num gabinete do Palácio do Planalto. A autoridade destacada para percorrer as 37 páginas do documento concluiu que, na Operação Lava Jato, o fundo do poço é apenas uma etapa. Dissemina-se entre os auxiliares de Dilma Rousseff a impressão de que o escândalo atravessará a próxima sucessão presidencial, em 2018.
Operação Lava Jato da PF206 fotos
204 / 206“Há uma fundada suspeita de que o esquema criminoso vai muito além da Petrobrás”, anotou Sérgio Moro num trecho do despacho. Ele realçou que o assalto “foi revelado, em detalhes, em depoimentos prestados por diversos criminosos colaboradores.” Empilhou quatro exemplos.
1. “Pedro Barusco, ex-gerente executivo da Área de Engenharia da Petrobras, […] já declarou que o esquema criminoso foi reproduzido na SeteBrasil e já há alguma prova de corroboração nesse sentido…”
2. “Paulo Roberto Costa declarou em Juízo que a mesma cartelização das grandes empreiteiras, com a manipulação de licitações, ocorreria no país inteiro.”
3. “Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, declarou que o mesmo esquema criminoso foi reproduzido na Eletrobras Termonuclear – Eletronuclear, inclusive relatando acordos para pagamentos de propina no segundo semestre de 2014, quando as investigações da assim denominada Operação Lava Jato já haviam se tornado notórias.”
4. “O mesmo Dalton Avancini, em seu acordo de colaboração, também revelou acordos de pagamentos de propina envolvendo a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht nos contratos de construção da hidrelétrica de Belo Monte.''
Nesta segunda-feira (3), escalado como porta-voz da reunião do núcleo de coordenação política com Dilma, o ministro Jaques Wagner (Defesa) foi instado a comentar a prisão de Dirceu. Disse que é preciso conciliar “dois canais paralelos.” Num, “as investigações seguem”. Noutro, “o país também segue, com suas empresas funcionando e com a economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para estimular investidores e estimular a própria economia a crescer.''
O ministro disse que suas palavras não devem ser confundidas com um ataque à investigação. “Não tem nada contra, até porque não tem como ser contra. A sequência da investigação vai ser dar, até que chegue aos tribunais últimos, e vai ter que ter um desfecho, porque tudo tem um desfecho.”
Vale a pena ouvir mais um pouco de Jaques Wagner: “O que eu estou falando só é que a gente dorme e acorda sempre com uma notícia dessa. Então, do ponto de vista do ambiente de negócios, esta é minha preocupação maior. Se a gente está precisando de uma retomada, a gente precisa de um grau de estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente.''
O problema é que, na Era petista, a normalidade tornou-se insuportável. O leitor palaciano grifou um trecho de Sérgio Moro: “Há […] vários elementos probatórios que apontam para um quadro de corrupção sistêmica, nos quais ajustes fraudulentos para obtenção de contratos públicos e o pagamento de propinas a agentes públicos, bem como o recebimento delas por estes, passaram a ser pagas como rotina e encaradas pelos participantes como a regra do jogo, algo natural e não anormal.” (por Josias de Souza, do UOL)