Petróleo cai antes da reunião da Opep+ e fecha semana com perda
Por Nicole Jao
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira e encerraram a semana com perda, conforme os investidores aguardam uma reunião da Opep+ no domingo que determinará o destino dos cortes de produção do grupo de produtores.
Os contratos futuros do Brent para entrega em julho caíram 0,24 dólar, ou 0,3%, para 81,62 dólares por barril, enquanto o contrato mais líquido de agosto caiu 0,77 dólar, ou 0,8%, para 81,11 dólares. Os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caíram 0,92 dólar, ou 1,2%, a 76,99 dólares.
Na semana, o Brent caiu 0,6%, e o WTI registrou uma perda de 1%.
"É a trepidação antes da reunião da Opep no fim de semana", disse Matt Smith, analista-chefe da Kpler, referindo-se à possibilidade de o grupo fazer algo inesperado. "A expectativa geral é de que eles reverterão os cortes", acrescentou.
Os mercados estão aguardando a reunião da Opep+ no domingo, com o grupo de produtores trabalhando em um acordo complexo que permitiria estender alguns de seus cortes significativos na produção de petróleo até 2025, disseram fontes à Reuters.
A Arábia Saudita convidou os ministros a se reunirem pessoalmente em Riad para a reunião de junho em uma mudança de planos de última hora, disseram fontes nesta sexta-feira. O encontro ainda está oficialmente programado como uma reunião online.
A produção de petróleo bruto dos EUA aumentou em março, atingindo o nível mais alto deste ano, mostraram dados da Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA) na sexta-feira, enquanto o fornecimento de produtos refinados, um indicador da demanda, caiu 0,4%, para 19,9 milhões de barris por dia.
O mercado de petróleo tem estado sob pressão nas últimas semanas devido à perspectiva de que os custos de empréstimos nos EUA permaneçam mais altos por mais tempo, o que limita os fundos e pode reduzir a demanda de petróleo.
Ambos os índices de referência do petróleo estavam em curso para suas maiores quedas mensais desde dezembro, depois de recuarem na sessão anterior, com um aumento surpreendente nos estoques de combustível dos EUA.
(Reportagem de Nicole Jao em Nova York, Robert Harvey em Londres, Deep Vakil em Bengaluru, Georgina McCartney em Houston e Colleen Howe em Pequim; reportagem adicional de Natalie Grover)