Decisão da Opep apoia preços e petróleo pode subir a US$100 o barril, diz executivo da Equinor

Publicado em 04/10/2023 14:41 e atualizado em 04/10/2023 16:07

Por Curtis Williams

HOUSTON (Reuters) - O economista-chefe da gigante petrolífera Equinor disse nesta quarta-feira que os preços globais do petróleo poderiam subir para 100 dólares por barril, com base na decisão do grupo de produtores de petróleo da Opep desta semana de manter os cortes de oferta.

"Eu não excluiria que podemos ter preços chegando a 100 dólares por barril, mas isso não seria porque a Opep gostaria que chegasse lá. Não acho que eles estejam almejando esse preço", disse o economista-chefe da Equinor, Eirik Waerness.

Um painel ministerial da Opep+ nesta quarta-feira não fez alterações na política de produção de petróleo do grupo, depois que a Arábia Saudita e a Rússia disseram que manteriam cortes voluntários na oferta para apoiar o mercado.

A Opep provavelmente pretende um preço inferior a 100 dólares por barril, para garantir que não haja colapso da procura por petróleo, disse Waerness nos bastidores de evento de energia anual do Baker Institute Center for Energy. A oferta e a procura do mercado apoiam o aumento dos preços, acrescentou.

"É um mercado relativamente apertado em termos de quanto petróleo está armazenado, e quanta capacidade de produção disponível o mundo tem", explicou.

A Europa poderá reduzir suas emissões de dióxido de carbono (CO2) em 70% até 2050, principalmente devido ao crescimento da eletrificação na região, disse Waerness.

Os comentários de Waerness ecoaram os de outros executivos do setor que defendem o investimento contínuo em petróleo e gás para acompanhar o crescimento da procura por energia, mesmo quando as metas líquidas de zero emissões de gases com efeito de estufa diminuem.

A procura de petróleo atingirá o pico em 2029, mas a expansão econômica exigirá aumentos na oferta de petróleo durante os próximos três a cinco anos, disse ele.

(Reportagem de Curtis Williams)

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

REUTERS MN FDC

Fonte: Reuters

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