Rússia pode flexibilizar proibição de exportação de diesel em breve, diz Kommersant

Publicado em 04/10/2023 08:15

(Reuters) - O governo russo está pronto para flexibilizar a proibição das exportações de diesel nos próximos dias, informou o jornal Kommersant nesta quarta-feira, citando fontes não identificadas.

Separadamente, a agência de notícias TASS citou o ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, dizendo que o governo "em todos os níveis" estava discutindo a permissão parcial para as exportações de combustível.

Ele disse que outras decisões sobre a regulamentação do mercado de combustíveis seriam publicadas em um futuro próximo.

Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Rússia sofreu escassez de gasolina e diesel nos últimos meses, pois os altos preços de exportação tornaram vantajoso para as refinarias vender seus produtos no exterior.

O Kommersant informou que a proibição seria suspensa apenas sobre as exportações de diesel por oleoduto e que os volumes podem estar sujeitos a cotas para evitar aumentos nos preços de atacado.

A proibição das exportações de gasolina permanecerá em vigor por enquanto, disse.

O diesel é o maior produto petrolífero exportado pela Rússia, com quase 35 milhões de toneladas no ano passado. O país exportou 4,8 milhões de toneladas de gasolina.

O jornal disse que o vice-primeiro-ministro Alexander Novak deve realizar uma reunião semanal na quarta-feira com as empresas petroleiras para discutir a possível flexibilização da proibição.

O gabinete de Novak não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Novak disse na semana passada que a Rússia pode introduzir cotas sobre as exportações de combustível se a proibição total de suprimentos transfronteiriços imposta em 21 de setembro não conseguir reduzir os altos preços da gasolina e do diesel.

As expectativas dos analistas em relação ao tempo em que as medidas estarão em vigor variam. O JP Morgan disse que as medidas poderiam durar algumas semanas até a conclusão da temporada de colheita em outubro, enquanto a FGE Energy disse que a reposição dos estoques de gasolina da Rússia poderia levar até dois meses.

(Reportagem de Lidia Kelly, em Melbourne, e Vladimir Soldatkin, em Moscou)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Petróleo sobe 1% para máxima de 2 semanas com intensificação da guerra na Ucrânia
Petrobras manterá foco em petróleo em 2050, mas com maior fatia em renováveis, diz CEO
Petróleo sobe 2% com avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia
Petrobras propõe investimentos de US$111 bi em plano 2025-29, com alta de 9%
Preços do petróleo sobem com paralisação do campo Sverdrup e escalada da guerra na Ucrânia
Etanol e gasolina sobem, enquanto diesel mostra queda, aponta levantamento Veloe
undefined