Riscos de oferta de petróleo estão mais evidentes, segundo relatório da hEDGEpoint
Os preços do diesel começaram a subir em função de oferta escassa e perspectivas de uma maior demanda, tendo em vista as expectativas de substituição no consumo de gás pelo combustível durante o inverno europeu, destaca a hEDGEpoint Global Markets em relatório divulgado esta semana.
“As refinarias dos EUA têm tentado maximizar a produção do diesel em detrimento da gasolina. A oferta americana de diesel atingiu o nível mais alto nos últimos cinco anos para esta época do ano. No entanto, as exportações estão elevadas e os estoques caíram para níveis perigosamente baixos. O preço do diesel nos EUA e na Europa disparou, e o inverno ainda nem começou”, observa o analista de Energia e Macroeconomia da empresa, Heitor Paiva.
Os preços do diesel tiveram um terceiro trimestre relativamente calmos. Na Europa e nos EUA, caíram após os preços do gás natural recuarem na Europa e na Ásia. No entanto, o cenário pode mudar. “Trabalhadores de refinarias francesas decidiram fazer greve, as tensões aumentaram na Ucrânia e o embargo da UE ao petróleo e produtos russos, a partir de 5 de dezembro, está se aproximando. Isso significa que os riscos de oferta, que nunca deixaram de existir, tornaram-se mais evidentes”, indica Heitor.
Mesmo com as refinarias norte-americanas operando a todo vapor, os estoques de diesel nos EUA estão extremamente baixos. Segundo o Departamento de Energia do país, regiões do nordeste podem sofrer com a escassez da commodity durante o inverno.