Preços do petróleo saltam mais de 3% antes de reunião da Opep+ sobre cortes de oferta
O petróleo subiu quase 3 dólares o barril nesta terça-feira, devido a expectativas de um grande corte na produção do grupo de países da Opep+ e à medida que um dólar mais fraco tornou as compras da commodity menos caras.
O petróleo Brent fechou em 91,80 dólares por barril, alta de 2,94 dólares, ou 3,3%. O WTI, dos EUA, fechou com alta de 2,89 dólares, ou 3,5%, de 86,52 dólares por barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, Opep+, devem cortar a produção quando se reunirem na quarta-feira. A medida reduziria a oferta em um mercado de petróleo que executivos e analistas de empresas de energia dizem que já está apertado devido à demanda saudável, falta de investimento e problemas de fornecimento.
Fontes do grupo disseram que a Opep+, que inclui a Rússia, está discutindo cortes de produção superiores a 1 milhão de barris por dia (bpd). O petróleo ampliou os ganhos depois que a Bloomberg informou que a Opep+ estava considerando um corte de 2 milhões de bpd.
"Esperamos que um corte substancial seja feito, o que não apenas ajudará a apertar os fundamentos físicos, mas enviará um sinal importante ao mercado", disse a Fitch Solutions em nota.
META DE PRODUÇÃO
A Opep+ aumentou a produção este ano após cortes recordes implementados em 2020, quando a pandemia reduziu a demanda.
Nos últimos meses, o grupo não conseguiu cumprir seus aumentos de produção planejados, deixando de atingir 3,6 milhões de bpd em agosto.
O corte da meta de produção que está sendo considerado é justificado pela forte queda nos preços do petróleo em relação às máximas recentes, disse o Goldman Sachs, acrescentando que isso reforçou sua perspectiva altista sobre a commodity.
Também impulsionando os preços do petróleo, o dólar estava a caminho de uma quinta perda diária contra uma cesta de moedas, com os investidores especulando que o Federal Reserve dos EUA poderia desacelerar seus aumentos das taxas de juros.
(Reportagem de Laila Kearney; com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Isabel Kua em Cingapura)