Opep+ considerará corte de produção de petróleo de mais de 1 mi bpd, dizem fontes

Publicado em 03/10/2022 08:12

DUBAI (Reuters) - A Opep+ considerará um corte na produção de petróleo de mais de um milhão de barris por dia (bpd) quando se reunir em 5 de outubro, disseram fontes da Opep à Reuters neste domingo, no que seria o maior movimento desde a pandemia da Covid-19 para lidar com a fraqueza do mercado de petróleo.

A reunião acontecerá em 5 de outubro, tendo como pano de fundo a queda dos preços do petróleo e meses de grave volatilidade do mercado que levaram a Arábia Saudita, principal produtor da Opep+, a dizer que o grupo poderia cortar a produção.

A Opep+, que agrega países da Opep e aliados como a Rússia, tem se recusado a aumentar a produção para reduzir os preços do petróleo, apesar da pressão dos principais consumidores, incluindo os Estados Unidos, para ajudar a economia global.

No entanto, os preços caíram acentuadamente no último mês devido a temores sobre a economia global e um rali do dólar americano depois que o Federal Reserve aumentou as taxas de juros.

Um corte significativo na produção deve irritar os Estados Unidos, que pressionam a Arábia Saudita a continuar bombeando mais para ajudar na queda dos preços do petróleo e na diminuição das receitas da Rússia, enquanto o Ocidente busca punir Moscou pelo envio de tropas à Ucrânia.

Na semana passada, uma fonte familiarizada com o pensamento russo disse que Moscou gostaria de ver a Opep+ cortando 1 milhão de bpd ou 1% da oferta global.

Esse seria o maior corte desde 2020, quando a Opep+ reduziu a produção em um recorde de 10 milhões de bpd devido à queda da demanda em razão da pandemia de Covid. O grupo passou os dois anos seguintes desfazendo esses cortes.

Neste domingo, as fontes disseram que o corte pode ultrapassar 1 milhão de bpd. Uma das fontes sugeriu que os cortes também poderiam incluir uma redução voluntária adicional da produção pela Arábia Saudita.

A Opep+ se reunirá pessoalmente em Viena pela primeira vez desde março de 2020.

(Por Maha El Dahan e Olesya Astakhova)

Fonte: Reuters

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