Petrobras vende 1ª carga de diesel R5 para testes; aguarda regulamentação

Publicado em 29/09/2022 10:38

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras concluiu neste mês a primeira venda para testes comerciais do diesel R5, produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais, disse a empresa nesta quinta-feira.

A produção vendida a distribuidoras, realizada na refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, chegou a um total de 1.500 metros cúbicos.

"Trata-se de um importante passo para a venda regular e de maiores volumes do produto", disse a Petrobras, citando que atualmente está em discussão no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a possibilidade desse produto também ser considerado no mandato de biocombustível presente no diesel.

"Caso seja aceita, a introdução do novo combustível viabilizará a utilização de teores mais elevados de renováveis nos novos motores a diesel, possibilitando, também, o aumento da competitividade na oferta de biocombustíveis no Brasil", acrescentou a petroleira.

O Brasil mistura atualmente 10% de biodiesel no diesel, após o governo ter definido uma mistura menor para 2022 citando questões de custos e qualidade. O "mix" deveria estar em 14%, conforme o cronograma original do programa.

No caso da carga comercializada pela Petrobras, ela foi produzida a partir de óleo de soja refinado.

O combustível com teor renovável saiu da refinaria da Petrobras com 95% de diesel e 5% de R5.

Neste produto, as distribuidoras farão a adição dos 10% de biodiesel éster, conforme estabelece a legislação atual.

Uma novidade no lote comercializado, ressaltou a empresa, foi a emissão de declarações para as distribuidoras que adquiriram o produto, indicando a redução da emissão de gases de efeito estufa.

No caso do diesel R5, evita-se, potencialmente, a emissão de uma tonelada de CO2 equivalente a cada 9,5 mil litros, aproximadamente, comparando-se com o diesel 100% fóssil, disse a companhia.

No cálculo, estão consideradas as emissões do combustível fóssil durante as etapas de extração, produção e uso.

(Por Roberto Samora)

Fonte: Reuters

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