Arábia Saudita e Opep podem compensar perda de produção de petróleo da Rússia

Publicado em 02/06/2022 08:20

A Arábia Saudita e outros membros da Opep podem aumentar a produção de petróleo para compensar uma queda na produção russa, uma medida que pode aliviar a pressão sobre a inflação global e abrir caminho para uma visita a Riad pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

Duas fontes da Opep+ disseram que o grupo está trabalhando para compensar a queda na produção russa de petróleo, já que a produção da Rússia caiu cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd) como resultado das sanções ocidentais a Moscou por sua invasão da Ucrânia.

Uma fonte da Opep+ familiarizada com a posição russa disse que Moscou poderia concordar que outros produtores aumentem a produção para compensar a menor produção da Rússia, mas não necessariamente compensar todo o déficit.

"Em última análise, a compensação pode ser acordada", disse a fonte, ponderando que uma decisão pode não ser tomada na reunião de quinta-feira da Opep+, aliança da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que inclui a Rússia e outros.

No entanto, uma fonte do Golfo na Opep+ disse que uma decisão sobre o assunto era "altamente possível" na reunião ministerial de quinta-feira.

Os preços do petróleo caíam nesta quinta-feira, respondendo às especulações sobre o tema. O Brent perdia 2,82 dólares, ou 2,4%, para 113,47 dólares o barril às 7h35 (horário de Brasília), enquanto o West Texas Intermediate (WTI) dos EUA recuava 2,81 dólares, ou 2,4%, para 112,45 dólares por barril.

Diplomatas dos EUA trabalham há semanas na organização da primeira visita do presidente Joe Biden a Riad após dois anos de relações tensas por causa de divergências sobre direitos humanos, a guerra no Iêmen e o fornecimento de armas dos EUA ao reino.

Uma fonte informada sobre o assunto disse que Washington queria clareza sobre os planos de produção de petróleo da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos antes de uma possível visita a Biden para uma cúpula com líderes do Golfo Árabe, em Riad.

Fonte: Reuters

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