Petróleo cai mais de 3% nesta 2ª com liberação de reservas e bloqueios na China

Publicado em 11/04/2022 08:42
Xangai, cidade chinesa de 26 milhões de pessoas, mantém tolerância zero para Covid-19 e deve começar a flexibilizar bloqueios a partir de hoje

Os preços do petróleo tinham perdas expressivas nesta manhã de segunda-feira (11), estendendo o segundo recuo semanal consecutivo, acompanhando os planos de liberação de reservas estratégicas e bloqueios na China pelo coronavírus.

Por volta das 08h32 (horário de Brasília), o petróleo WTI tinha desvalorização de 4,16%, ou US$ 4,09 o barril, cotado a US$ 94,17 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 99,09 barril com perda de 3,59%.

Os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) liberarão 60 milhões de barris nos próximos seis meses, com os Estados Unidos sendo responsável por 180 milhões de barris desse volume em meio temores de escassez na oferta do óleo.

"A liberação de reservas estratégicas de petróleo do governo deve aliviar um pouco o aperto do mercado nos próximos meses, reduzindo a necessidade de aumento dos preços do petróleo para desencadear a destruição da demanda no curto prazo", disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.

Além disso, o mercado acompanha os temores com a demanda devido ao crescente número de casos de coronavírus na China, inclusive com novos bloqueios. As autoridades mantiveram Xangai, uma cidade de 26 milhões de pessoas, com tolerância zero.

A cidade começará a aliviar os bloqueios em algumas áreas a partir desta segunda-feira.

"Os temores estão aumentando agora de que, se a onda ômicron da China se espalhar para outras cidades, sua política de zero Covid verá bloqueios estendidos em massa que impactarão negativamente tanto a produção industrial quanto o consumo doméstico", disse Jeffrey Halley, analista sênior de mercado da OANDA.

Fonte: Reuters

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