Petróleo cai cerca de 5% com negociações entre Rússia e Ucrânia e aumento de casos de Covid-19 na China
Os preços do petróleo caíam cerca de 5% nesta manhã de segunda-feira (14) nas bolsas externas em meio expectativas com negociações entre Ucrânia e Rússia para encerrar o conflito, além de um aumento de casos de Covid-19 na China, o que poderia impactar a demanda.
Por volta das 08h41 (horário de Brasília), o petróleo WTI caía 4,88%, ou US$ 5,33 o barril, a US$ 104,00 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 104,90 o barril com desvalorização de 3,85%. Somente no acumulado deste ano, os mercado têm alta de cerca de 40%.
A queda do petróleo acompanha a informação de que negociadores ucranianos e russos devem conversar novamente nesta segunda-feira por teleconferência, segundo a Reuters. A expectativa é mais positiva depois da rodada de negociações que aconteceu no final de semana.
"Além das novas negociações entre a Ucrânia e a Rússia, acredito que novos bloqueios na China são o motivo de um início de semana negativo para o petróleo bruto", disse para a agência o analista do UBS Giovanni Staunovo. A variante ômicron tem se disseminado pelo país.
O número diário de casos de Covid-19 na China atingiu máxima de dois anos, totalizando mais de 1400 confirmados. A China é a maior importadora de petróleo bruto do mundo e a segundo maior consumidora depois dos Estados Unidos.
Ainda nesta semana, os investidores devem perseguir a divulgação da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Espera-se que a entidade comece a aumentar as taxas de juros, o que impulsionaria o dólar e pressionar para baixo o óleo.
Segundo a Reuters, os preços do petróleo normalmente se movem inversamente ao dólar americano, com um dólar mais forte tornando as commodities mais caras para os detentores de moedas estrangeiras.